G1 - PolÃtica
Davi Alcolumbre caminha para retomar a presidência do Senado após construir um amplo arco de apoios. Do PT ao PL, o senador só não terá o apoio do Novo. Para conseguir o apoio do principal partido de oposição do país, aliás, Alcolumbre fez algumas promessas a Jair Bolsonaro – que o ex-presidente tem feito questão de repetir a interlocutores para que o acordo não caia no esquecimento.A primeira promessa foi respeitar a proporcionalidade. No último biênio, o PL não teve comissões relevantes – Rogério Marinho (PL-RN) foi derrotado na disputa pela presidência, e Pacheco não cedeu a seus opositores.Jair Bolsonaro e Davi Alcolumbre, em foto de 2020Palácio do Planalto/DivulgaçãoO partido conseguiu apenas a Comissão de Esporte, criada após a eleição para acalmar os ânimos.Na negociação, desta vez, o PL deve partir já com uma das comissões mais importantes do Senado: a de Infraestrutura, a ser presidida pelo senador Marcos Rogério (PL-RO). O partido tentará, ainda, espaços adicionais ainda não negociados.A segunda promessa foi dar liberdade de atuação nas comissões presididas pelo partido. Alcolumbre teria prometido não engavetar ações parlamentares nas comissões que o PL presidirá. Por exemplo, requerimentos de informação ao governo ou convocação de ministros para ida na comissão. A ideia é que o PL tenha carta branca nas comissões que preside para usar os instrumentos previstos no regimento sem a interferência da presidência. Eleições no Congresso: Como será a sucessão de Lira e Pacheco?Candidatura de Pontes gera desconfortoForam essas promessas que geraram o desconforto entre Bolsonaro e o senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) – que insiste em ser candidato à presidência do Senado, ou seja, disputar contra Alcolumbre.O senador Ciro Nogueira (PP-PI), que preside o PP e é um dos principais aliados de Bolsonaro, postou no X nesta terça-feira (27):"Presidente Jair Bolsonaro, pare de se preocupar com coisa inutil. Esse astronauta só é o que é graças ao senhor. E está mostrando o tamanho da ingratidão e da traição. Se for candidato, vai ter o mesmo número de votos que teria se fosse de foguete sozinho para a lua: só o dele."