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G1 - Política

Crise no IBGE: mais de 600 servidores e diretores estão contra Pochmann

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Adesão de diretores de diversas áreas tira assunto da agitação sindical e eleva a crise de gestão. Pochmann é escolha pessoal de Lula e é acusado de autoritarismo por funcionários. Prédio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em São Paulo.

Alexandre Sá/EPTV

A crise no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) está em outro patamar. O espalhamento da insatisfação com o atual presidente do instituto, Marcio Pochamnn, alcança desde servidores e técnicos a diretores do instituto. Dos 651 servidores que querem sua saída 289 têm cargos de chefia.

A insatisfação já ultrapassou a agitação sindical há muito tempo, e passou a ser uma crise de patamar sério. Um instituto com a credibilidade do IBGE tem uma carta aberta com mais de 600 pessoas expondo seus nomes para acusar Pochmann de autoritarismo.

Crise no IBGE: conflitos entre servidores e a presidência do órgão resultaram em novas demissões

Pochmann sugeriu que servidores que o criticam mentem e isso tem aumentado a gravidade da crise interna.

O fato é que, desde o ponto de partida, a gestão de Pochmann é turbulenta. A começar pelo seu anúncio: em julho de 2023, o nome do economista comunicado à imprensa pelo então ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta.

À época, o anúncio gerou um ruído dentro do governo, já que a ministra do Planejamento, Simone Tebet, não teria sido avisada. O IBGE é ligado à pasta comandada por Tebet.

Há meses, a resistência de servidores a Pochmann e as discordância dos dois lados sobre prioridades e projetos também têm pautado a política. E tem gerado ruídos sobre a credibilidade do instituto – que é um farol para as políticas públicas do país.

Dentro do governo também há críticos de Pochmann , dizendo que essa crise foi criada pelo governo ao escolher alguém de perfil raivoso e com histórico de divergências, como aconteceu quando ele comandou o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

"Quem pariu Mateus que o embale", disseram essas fontes.

O governo precisa olhar para essa crise com o tamanho que ela tem e entendendo a mensagem. Não basta só entender lados, é preciso atuar para que a briga não gere prejuízos à imagem do IBGE.

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