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Toga de Rosa Weber reconstruída após ataques golpistas ganha releitura artística; veja imagem

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Por André Miranda

07/01/2025 às 20:57:45 - Atualizado há
Idealizada pela artista Valéria Pena-Costa, a recriação contou com a participação de 60 mulheres de diferentes profissões. Peça intitulada" Manto da Democracia", toga da ministra aposentada Rosa Weber, do STF

Divulgação

A toga da ministra Rosa Weber, destruída durante os ataques de 8 de janeiro de 2023 à sede dos Três Poderes, foi recriada como uma obra de arte que simboliza reconstrução e renascimento. Na época, a agora ministra aposentada Rosa Weber era presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).

A nova versão, chamada "Manto da Democracia", combina cetim preto brilhante com bordados coloridos, flores, moedas, espelhos e outros elementos. A palavra "democracia" aparece mais de 60 vezes, conectando a obra ao conceito que inspirou o projeto.

Idealizada pela artista Valéria Pena-Costa, a recriação contou com a participação de 60 mulheres de diferentes profissões — professoras, jornalistas, médicas, entre outras. Cada participante recebeu um pedaço do tecido semelhante ao da toga original, já bordado com a palavra "democracia", para que pudessem adicionar suas próprias visões sobre o tema.

Artesãs recriam toga de ministra destruída no 8 de janeiro

Entre os detalhes do bordado, há curativos que simbolizam os cuidados com uma democracia ferida, flores que representam esperança e espelhos que convidam os observadores a se enxergarem como parte do processo democrático. A obra é uma homenagem à pluralidade e ao esforço coletivo.

A professora e curadora Marília Panitiz também contribuiu para o projeto, utilizando botões antigos de uma família de bordadeiras, simbolizando conexões entre gerações. Um dos bordados destaca a mensagem: "Eu, você, nós", reforçando que a democracia é construída por todos.

O "Manto da Democracia" será entregue ao STF de forma simbólica no dia 8 de janeiro, como um gesto de celebração e resiliência diante dos ataques de dois anos atrás. A obra ressalta que a democracia é um trabalho coletivo e contínuo, com cada ponto bordado carregando memórias e significados.
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