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Senado gastou mais de R$ 2,3 milhões para restaurar itens vandalizados nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro

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Por André Miranda

07/01/2025 às 13:24:06 - Atualizado há
Além dos gastos com obras e infraestrutura, já divulgados antes, o valor atualizado inclui gastos com reposição de bens, móveis e equipamentos de informática e de segurança. Tapeçaria rasgada e urinada por vândalos em 8 de janeiro em Brasília

Reprodução

O Senado Federal informou nesta terça-feira (7) que gastou R$ 2.304.711,93 para restabelecer as instalações, bens e equipamentos danificados após os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 — quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas.

Segundo a Secretaria de Comunicação Social do Senado, além dos gastos com obras e infraestrutura, já divulgados antes, o valor atualizado inclui gastos com reposição de bens, móveis e equipamentos de informática e de segurança.

Cerimônias marcam os dois anos dos atos golpistas de 8 de janeiro

Um dos itens listados é a tapeçaria criada pelo paisagista e arquiteto Roberto Burle Marx que havia sido danificada por vândalos durante a invasão. A peça voltou ao Salão Negro do Senado em outubro de 2023 (leia mais abaixo).

Os maiores custos foram com serviço de engenharia, entre eles, recomposição de revestimento e forro, pintura, substituição de vidro, de espelho, e de portas, além de substituição do carpete azul do edifício principal do Senado.

Nos atos golpistas de 8 de janeiro, o carpete foi inundado e corroído pelo pó químico presente nos extintores de incêndio.

"Durante os atos de depredação, houve utilização excessiva dos extintores de incêndio do tipo ABC (pó químico)", afirmou o Senado na ocasião.

Na época, especialistas da Casa também afirmaram que algumas partes do carpete foram destruídas de forma irreversível e que não seria possível recuperar a estrutura original do piso.

Tapeçaria de Burle Marx

Criada em 1973 e exposta no Salão Negro, na entrada do Museu do Senado, a tapeçaria foi arrancada da parede, urinada e rasgada pelos invasores, durante os atos antidemocráticos. Segundo o Senado, a obra foi uma das mais danificadas do acervo da Casa.

O processo de restauração durou quase 300 dias e contou com apoio da Universidade de São Paulo (USP). A área responsável pelo acervo do Senado afirma que todo o trabalho foi realizado de forma manual, sem acrescentar novos tecidos.

O retorno da obra ao espaço tradicional de exibição contou com o apoio de andaimes. Antes mais distante da parede, a tapeçaria ficou mais fixa na parede, para impedir retiradas.
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