Sidônio foi o marqueteiro da campanha presidencial de Lula em 2022. Ele vai substituir o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que ficou dois anos à frente da comunicação do Planalto. Sidônio Palmeira (à esquerda), escolhido por Lula para substituir Paulo Pimenta (à direita) na Secretaria de Comunicação
Lucas Leffa/Secom-PR
Sidônio Palmeira, escolhido por Lula para a Secretaria de Comunicação, afirmou nesta terça-feira (7) que o governo precisa "evoluir no digital" e alinhar a gestão às expectativas da população.
Sidônio foi o marqueteiro de Lula na campanha presidencial de 2022, quando petista derrotou o então presidente Jair Bolsonaro (PL). O novo ministro substitui no cargo o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), que comandou a Secom nos últimos dois anos.
A Secom é responsável, entre outras funções, por formular e implementar a política de comunicação e de divulgação das ações e dos programas do governo federal, além de cuidar da publicidade e do relacionamento com a imprensa.
Lula afirmou em dezembro que desejava "fazer as correções necessárias" para melhorar a comunicação do governo. O presidente se queixa do predomínio da direita nas redes sociais e entende que as ações da sua gestão não chegam de forma adequada até a população.
No meio do terceiro mandato presidencial, Lula deseja melhorar a aprovação da sua administração. Segundo pesquisas Datafolha e Quaest, cerca de um terço dos entrevistados têm avaliação positiva sobre o governo.
Especialista em marketing político, Sidônio atua há mais de três décadas no meio publicitário. Construiu a carreira na Bahia, onde foi o responsável por campanhas vitoriosas de Jaques Wagner e Rui Costa ao governo estadual.
Em 2022, Sidônio assumiu o posto de marqueteiro de Lula na pré-campanha. Após a posse do presidente, ele manteve o contato com o petista. Sidônio era visto com frequência no Palácio do Planalto e dava suas opiniões sobre ações do governo.
Nos últimos meses, o marqueteiro ampliou a presença em Brasília. Antes de ser anunciado ministro, participou do pronunciamento do pacote de corte de gastos, feito pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda) e da reunião ministerial de fim de ano que Lula fez no Palácio da Alvorada.