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G1 - Política

Lula cita pobreza da América do Sul e diz que EUA deveriam gerar emprego nos vizinhos em vez de construir muro

Na Colômbia, presidente participou de agendas ao lado do chefe do governo local, Gustavo Petro; presidentes discutiram situação da Venezuela, do Haiti, além da relação bilateral.


Foto: Tribuna Norte Leste
Na Colômbia, presidente participou de agendas ao lado do chefe do governo local, Gustavo Petro; presidentes discutiram situação da Venezuela, do Haiti, além da relação bilateral. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (17) que os Estados Unidos deveriam se esforçar para gerar empregos nos países do continente americano em vez de construir um muro para impedir que cidadãos desses países entrem em território estadunidense.

O presidente deu a declaração na Colômbia, onde participou de agendas ao lado do chefe do governo local, Gustavo Petro, em Bogotá, como o Fórum Empresarial Brasil-Colômbia. Os presidentes também discutiram a situação da Venezuela, do Haiti, além da relação bilateral entre Brasil e Colômbia.

"Eis que, depois de 520 anos de existência, todos nós [países da América do Sul] continuamos pobres. É nesse continente que tem mais desemprego, é nesse continente que, junto com a África, tem mais desnutrição, tem mais fome, tem mais mortalidade infantil e tem menos perspectiva", afirmou Lula.

Lula e Gustavo Petro se reúnem na Colômbia

"Por isso, os Estados Unidos, que deveria cuidar disso gerando emprego junto aos seus vizinhos, os Estados Unidos tem uma política de construir um muro para proibir que latino-americanos, à procura de chance de trabalho na publicidade tão grande que eles fazem, são considerados bandidos", completou o presidente brasileiro.

De acordo com o presidente colombiano, os dois chefes de Estado trataram da situação política na Venezuela, onde a oposição ao atual mandatário do país, Nicolás Maduro, enfrenta dificuldades para participar do pleito.

Petro afirmou que sugeriu a Lula, ao próprio Maduro e à oposição venezuelana uma proposta de plebiscito a serem realizados durante as eleições da Venezuela, para que todos os candidatos possam ter segurança "sobre sua vida, direitos e garantias políticas que qualquer ser humano tem que ter em seu país". Além disso, segundo Gustavo Petro, os dois também trataram da situação do Haiti.

Em declaração à imprensa após o evento com os empresários, Lula evitou falar sobre a situação da Venezuela e focou seu pronunciamento nas oportunidades na relação entre Brasil e Colômbia e com a América do Sul como um todo.

Segundo Lula, os países devem trabalhar para a criação de um banco regional que possa ajudar os países a se desenvolverem. O presidente também defendeu que os países voltem a priorizar as relações entre as nações do cone sul por meio da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

Lula também afirmou que brasileiros e colombianos também têm que trabalhar para uma possível entrada da Colômbia no bloco econômico dos Brics — formado inicialmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e ampliado com a participação de Egito, Etiópia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Irã.

"Nós temos uma chance extraordinária, possivelmente, chance que nunca tivemos de juntos trabalharmos para unificar a América do Sul, para fazer com que, quem sabe, a nossa querida Colômbia possa participar dos Brics. A Colômbia vai participar de algumas reuniões do G20. Eu certamente irei participar da COP da Biodiversidade, aqui na Colômbia, em Cali, acho que é em outubro", pontuou Lula.

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