G1 - PolÃtica
Caso tem repercussão geral, ou seja, uma decisão da Corte será aplicada em processos semelhantes em instâncias inferiores da Justiça. O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar, nesta quinta-feira (7), um recurso que discute a aplicação do direito da licença-maternidade.A situação analisada pelos ministros envolve um casal de mulheres em união homoafetiva que fez uma inseminação artificial. Uma delas forneceu o óvulo e outra gestou a criança.O pedido de licença-maternidade foi feito pela mulher que forneceu os óvulos. Ela é servidora do município de São Bernardo do Campo, em São Paulo, e obteve, em instâncias judiciais inferiores, o direito ao benefício por 180 dias. A companheira que engravidou, trabalhadora autônoma, não teve licença no período.STF tem placar de 5 a 3 para descriminalizar porte da maconha para uso pessoalOs ministros vão decidir se é possível conceder o direito às mulheres nessas condições. Estão em discussão princípios como a dignidade da pessoa humana, liberdade reprodutiva e igualdade.O caso tem repercussão geral, ou seja, uma decisão da Corte será aplicada em processos semelhantes em instâncias inferiores da Justiça.Ao defender a aplicação da repercussão geral ao caso, o relator, ministro Luiz Fux, considerou que o tema terá impactos sociais e econômicos."O reconhecimento da condição de mãe à mulher não gestante, em união homoafetiva, no âmbito da concessão da licença-maternidade, tem o condão de fortalecer o direito à igualdade material e, simbolicamente, de exteriorizar o respeito estatal às diversas escolhas de vida e configuração familiares existentes", declarou o ministro.Os participantes do processo apresentaram seus argumentos na sessão desta quinta. Agora, uma nova data será marcada para que os ministros apresentem seus votos.