G1 - PolÃtica
Proibição foi estabelecida pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, que autorizou operação. Entidade alega que medida pressupõe que defensores vão praticar ilegalidades e fere prerrogativas. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pediu nesta sexta-feira (9) que o Supremo Tribunal Federal (STF) derrube a proibição de comunicação entre os advogados dos alvos da operação que investiga uma tentativa de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder.O ministro do STF Alexandre de Moraes, que autorizou operação, proibiu que os investigados se comuniquem entre si inclusive através de advogados. Segundo o magistrado, a medida era necessária para garantir a coleta de provas e evitar interferência nas investigações. Moraes afirmou, ainda, que adotou a mesma medida em "inúmeras investigações semelhantes".A OAB, entretanto, alega que a proibição fere as prerrogativas dos advogados e pressupõe, genericamente, que esses defensores vão atuar de forma ilegal."Advogados não podem ser proibidos de interagir nem confundidos com seus clientes", afirmou a organização, em nota. OAB nega ter sido procurada por Bolsonaro para contestar eleiçõesNa nota, a OAB nega que tenha sido procurada pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) para apoiar um documento que contestasse a lisura das eleições brasileiras. Em uma reunião com ministros em julho de 2022, Bolsonaro propôs que presentes participassem da redação de um documento que afirmasse ser impossível "definir a lisura das eleições" e incluísse elementos externos, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)."Reiteramos a confiança da OAB no sistema eleitoral e nas urnas eletrônicas. Relembramos ainda todas as ações concretas tomadas pela Ordem para rechaçar as acusações infundadas feitas contra o sistema eleitoral e para defender a Justiça Eleitoral."