G1 - PolÃtica
Presidente discursou em evento do partido que discute a estratégia eleitoral para o ano que vem. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso na noite desta sexta-feira (8) em um evento do PT sobre as eleições municipais do ano que vem. Lula questionou seus colegas de partido se o PT está falando "o que o povo quer ouvir". O presidente também defendeu aproximação com os evangélicos.O discurso de Lula foi o momento principal da conferência do PT sobre as eleições, que começou nesta sexta e vai até o sábado (9). Ao longo do dia, parlamentares e ministros do partido passaram pelas mesas de debate. Lula começou fazendo uma defesa da democracia. Em seguida, passou a abordar as estratégias eleitorais do PT. Para o presidente, é preciso que o partido não perca de vista a necessidade de dialogar com o povo. Para o presidente, o PT tem que aprender a conversar com os evangélicos, por exemplo. Esse setor da população costuma votar em candidatos conservadores, geralmente adversários do PT."Ou será que temos que aprender com o povo como é que fala com eles? Como é que a gente vai chegar nos evangélicos, companheira [deputada] Benedita? Se fosse fácil, colocava você que, é a mais linda evangélica destse país para resolver os problemas, mas não é você. Não é individualmente um problema de uma pessoa. É a narrativa que temos que aprender para conversar com essa gente", afirmou Lula. O presidente seguiu falando dos evangélicos."Gente trabalhadora, gente de bem, gente que muitas vezes agradece à igreja por ter tirado o marido da cachaça para cuidar da família", completou.Em outro momento do discurso, Lula citou outro setor que dá votos mais para os rivais do que para o PT: o agronegócio. Para o presidente, o campo nunca recebeu mais dinheiro para investimentos do que nos governos petistas. "O agronegócio, que votou majoritariamente contra nós, nunca recebeu a quantidade de dinheiro que recebeu neste plano safra que fizemos agora. E vamos fazer mais. Não queremos fazer para eles. Queremos fazer pelo país", argumentou Lula.