Após quatro dias desde o apagão na sexta-feira (11), 220 mil imóveis de cidades da Grande São Paulo continuavam sem energia elétrica. O ministro do TCU, Augusto Nardes, em entrevista ao Estúdio i sobre o apagão do dia 11 de outubro em São Paulo
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O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, esteve em São Paulo nesta terça-feira (13) para fiscalizar a crise energética que afetou mais de 2 milhões de paulistas. Nardes afirmou que a responsabilidade pela situação é da União, especialmente do governo federal e da Enel, empresa que recebeu a concessão do Ministério de Minas e Energia para administrar a energia no estado.
Com cerca de 200 mil pessoas ainda sem energia, o ministro demonstrou inclinação para a responsabilização nas esferas municipal, estadual e federal.
"Estou ouvindo todas as autoridades. Falta governança por parte da Enel, e vamos responsabilizar também a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Ministério de Minas e Energia", disse Nardes em entrevista ao Estúdio i.
O ministro se reuniu com representantes da Enel e da Aneel para ouvir as partes envolvidas. Ele está coletando informações para tomar uma decisão no TCU, onde atua como relator da situação emergencial. Ainda nesta terça-feira, Nardes se encontrará com o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, e com o governador do estado, Tarcísio de Freitas, para tratar do assunto.
O ministro espera apresentar uma decisão ao TCU nos próximos 15 dias, responsabilizando a Aneel e o Ministério de Minas e Energia pela situação, para que a população não seja novamente surpreendida por temporais.
Nardes também mencionou que a Enel relatou que a crise foi causada por um evento climático extremo e que a empresa não possui equipamentos adequados para medir a intensidade das tempestades..