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G1 - Política

Atlas da Violência aponta alta de homicídios de mulheres, negros, indígenas e população LBTQIA+ entre 2020 e 2021

Taxa geral caiu 4,8%, mas mortes de grupos minoritários não acompanharam tendência.


Taxa geral caiu 4,8%, mas mortes de grupos minoritários não acompanharam tendência. Em 10 anos, quase 50 mil mortes deixaram de ser classificadas como homicídios. Dados do Atlas da Violência apontam que o número de homicídios contra grupos sociais minoritários politicamente subiu entre 2020 e 2021, em especial contra mulheres, negros, indígenas e população LGBTQIA+.

Os dados do Atlas da Violência 2023 foram apresentados em Brasília na manhã desta terça-feira (5). O levantamento tem como base fontes do Ministério da Saúde referentes ao ano de 2021.

O aumento no número de homicídios para determinados segmentos da sociedade contrasta com a redução de 4,8% na taxa geral.

"Se é verdade que a taxa de homicídios tem caído no Brasil a partir de 2018 para cá, o que acontece é que neste últimos anos houve um recrudescimento importante da violência contra determinados grupos sociais, em particular contra negros, mulheres e indígenas", afirmou o coordenador da pesquisa e técnico do Ipea Daniel Ricardo de Castro Cerqueira.

Os especialistas citam como elementos que podem ter motivado essa discrepância nos dados a acentuação de discursos extremistas contra esses grupos – que coincidiu com o governo Jair Bolsonaro, entre 2019 e 2022 – e a pandemia da Covid, que recaiu de forma mais pesada sobre populações vulneráveis.

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