Aeronave da FAB está em Lisboa, Portugal, onde aguarda a confirmação da operação para repatriar brasileiros. Expectativa é de que voo com 220 pessoas chegue a SP no sábado (5). O avião que vai resgatar brasileiros no Líbano pousou na manhã desta quarta-feira em Lisboa, Portugal
Divulgação/FAB
O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que vai resgatar brasileiros que estão no Líbano e querem deixar a zona de conflito tem previsão de pouso na capital Beirute nesta sexta-feira (4), por volta das 16h no horário local (10h em Brasília).
O território libanês tem sido alvo de ataques israelenses em uma ofensiva do país liderado por Benjamin Netanyahu contra o grupo extremista Hezbollah.
Segundo a TV Globo apurou nesta quinta-feira (3), se a operação se confirmar, a expectativa é que a aeronave com brasileiros pouse às 9h30 de sábado (5) no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP).
A aeronave, modelo KC-30, está em Lisboa, Portugal, onde aguarda as tratativas internacionais. As previsões, conforme apurou a TV Globo, podem mudar a depender do agravamento da situação no Líbano.
A viagem ainda depende de questões diplomáticas e também de segurança, em razão dos ataques aéreos na região.
O avião decolou da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, na madrugada desta quarta-feira (2) e chegou a Portugal na manhã do mesmo dia.
A previsão é que, neste primeiro voo, 220 brasileiros sejam retirados do território libanês, afetado pelo conflito entre Israel e o Hezbollah.
Segundo uma fonte do Itamaraty, quase 3 mil pessoas demonstraram disposição para voltar ao Brasil. A maioria é de moradores do Vale do Bekaa e da capital, Beirute.
Representantes no Líbano informaram essa parcial no final da manhã de terça (1º) , horário do Brasil. Mais cedo, o primeiro balanço era de mil candidatos.
A prioridade será para idosos, mulheres, crianças e pessoas com necessidade de assistência médica.
Num primeiro momento, os representantes do Itamaraty estão insistindo para que tentem embarcar em voo comercial todos aqueles que têm capacidade financeira. Quem não puder sair por conta própria, deve entrar na lista de repatriados do governo brasileiro.
A decisão por uma missão oficial foi tomada após uma conversa do presidente Lula e do chanceler Mauro Vieira, no México, onde eles estavam no início desta semana para acompanhar a posse da nova presidente Claudia Sheinbaum.
A embaixada em Beirute está fazendo consultas desde terça-feira da semana passada e a procura tem aumentado dia após dia.
Em paralelo a isso, estão sendo montadas listas com as pessoas que devem deixar o país com a ajuda oficial.
Segundo fonte do Itamaraty, os números tendem a oscilar porque algumas famílias desistem, outras conseguem sair por conta própria e outras podem entrar na lista em decorrência do aumento dos riscos.
Em 2006, última grande crise militar entre Israel e Hezbollah, cerca de 3 mil brasileiros deixaram o Líbano.
Conflito armado
Avião para resgatar brasileiros no Líbano só aguarda autorização
O Líbano tem sido alvo de bombardeios aéreos do Israel, que mira alvos do grupo extremista Hezbollah em território libanês.
Os ataques têm atingido também civis, e dois cidadãos brasileiros já morreram desde a intensificação dos ataques a partir do dia 20 de setembro. Nesta segunda (30), houve registro de invasão por terra.
Mauro Vieira levou a Lula elementos da situação em Beirute, capital do Líbano, e das conversas que teve em Nova York.
No sábado (28), o chanceler do Brasil se reuniu com o chanceler do Líbano, Abdallah Rashid Bou Habib. Os dois avaliaram o atual momento do conflito entre Israel e o grupo extremista Hezbollah e discutiram as chances de uma repatriação de brasileiros no país.
Desde a segunda-feira passada (23), o Itamaraty discute a necessidade de uma operação de repatriação. O grande ponto era a opção por qual rota seria usada para o resgate.
Além do uso do próprio aeroporto de Beirute, que até o momento continua aberto, o governo brasileiro também mapeia a possibilidade de usar bases aéreas operadas pela Rússia dentro do território da Síria.
Há duas mais próximas da fronteira com o Líbano: em Hmeymim, ao norte do Líbano e em Shayrat, a noroeste do Líbano.
Não está descartada uma outra opção, tida como mais complexa. A retirada dos brasileiros pelo Chipre.