Mil brasileiros já manifestaram desejo de voltar ao Brasil. O primeiro avião da FAB deve pousar em Beirute no próximo fim de semana Avião da FAB utilizado para resgatar brasileiros de Gaza
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O governo brasileiro decidiu começar uma operação de resgate dos cidadãos que estão no Líbano e cerca de mil pessoas demonstraram disposição para voltar ao Brasil. A maioria é de moradores do Vale do Bekaa e da capital, Beirute.
A prioridade será para idosos, mulheres, crianças e pessoas com necessidade de assistência médica.
A decisão foi tomada após uma conversa do presidente Lula e do chanceler Mauro Vieira, no México, onde estão para acompanhar a posse da nova presidente Claudia Sheinbaum.
Segundo apurado pelo TV Globo, a embaixada em Beirute está fazendo consultas desde a semana passada e a procura tem aumentado dia após dia.
Em 2006, última grande crise militar entre Israel e Hezbollah, em torno de 3 mil brasileiros deixaram o Líbano.
As tratativas entre os dois governos estão avançadas e já há autorização para o primeiro avião da FAB pousar em Beirute no próximo fim de semana.
Conflito armado
O Líbano tem sido alvo de bombardeios aéreos do Israel, que mira alvos do grupo extremista Hezbollah em território libanês. Os ataques têm atingido também civis, e dois cidadãos brasileiros já morreram desde a intensificação dos ataques a partir do dia 20 de setembro. Nesta segunda (30), houve registro de invasão por terra.
Mauro Vieira levou a Lula elementos da situação em Beirute, capital do Líbano, e das conversas que teve em Nova York.
No sábado (28), o chanceler do Brasil se reuniu com o chanceler do Líbano, Abdallah Rashid Bou Habib. Os dois avaliaram o atual momento do conflito entre Israel e o grupo extremista Hezbollah e discutiram as chances de uma repatriação de brasileiros no país.
Desde a segunda-feira passada (23), o Itamaraty discute a necessidade de uma operação de repatriação. O grande ponto era a opção por qual rota seria usada para o resgate.
Além do uso do próprio aeroporto de Beirute, que até o momento continua aberto, o governo brasileiro também mapeia a possibilidade de usar bases aéreas operadas pela Rússia dentro do território da Síria.
Há duas mais próximas da fronteira com o Líbano: em Hmeymim, ao norte do Líbano e em Shayrat, a noroeste do Líbano.
Não está descartada uma outra opção, tida como mais complexa. A retirada dos brasileiros pelo Chipre.