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Brasil estuda rotas e logística para repatriar cidadãos no Líbano; veja alternativas em discussão

Líbano está sob ataque de Israel, que mira o grupo terrorista Hezbollah, com base no território libanês.

Por André Miranda

27/09/2024 às 21:09:27 - Atualizado há
Foto: G1 - Globo
Líbano está sob ataque de Israel, que mira o grupo terrorista Hezbollah, com base no território libanês. Dois brasileiros já morreram nos bombardeios. O governo brasileiro está estudando alternativas para realizar uma operação de resgate de cidadãos brasileiros no Líbano, país que atualmente enfrenta uma escalada de tensões militares devido ao conflito na região.

O Líbano está sob ataque de Israel, que mira o grupo extremista Hezbollah, com base no território libanês.

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) informou que "está explorando alternativas, ainda montando cardápio e conversando com quem de direito nos países envolvidos", mas não divulgou detalhes concretos sobre as operações. O ministro Mauro Vieira destacou que "não é uma opção só" e que várias possibilidades estão sendo analisadas.

O conflito intensificou-se nas últimas semanas, gerando preocupação entre a comunidade internacional e aumentando os riscos para cidadãos estrangeiros na região, incluindo brasileiros. As hostilidades entre Israel e o Hezbollah elevaram o nível de insegurança, tornando as rotas de fuga cada vez mais limitadas.

Cortina de fumaça domina o céu da capital do Líbano após bombardeio de Israel

Entre as alternativas que o Brasil estuda, a mais viável, até o momento, é a retirada pelo lado norte do Líbano, na fronteira com a Síria.

Esse modelo de resgate seria semelhante ao realizado em Gaza, onde os brasileiros foram transportados por terra até o Egito e, de lá, embarcaram em um voo para o Brasil. Recentemente, o ministro Vieira conversou com o chanceler da Síria sobre essa opção, reforçando a importância de garantir uma rota segura para a evacuação.

Outra possibilidade seria utilizar a ilha de Chipre como ponto de apoio, alternativa já adotada por outros países.

No entanto, o Brasil nunca realizou operações de resgate via Chipre, o que poderia acrescentar desafios logísticos à missão. A escolha de Chipre como rota de fuga ainda está sendo avaliada, principalmente devido à proximidade geográfica e à relativa estabilidade da região em comparação ao Líbano.

O governo brasileiro enfrenta o desafio adicional de que as rotas de evacuação que ainda estão abertas hoje, como a capital Beirute, podem se tornar inviáveis a qualquer momento, dependendo do agravamento do conflito.

A incerteza sobre a duração da janela de oportunidade para retirar os brasileiros do Líbano aumenta a urgência de definir uma estratégia concreta.

Apesar da preocupação crescente, o Itamaraty ainda não tem informações precisas sobre o número de brasileiros que preencheram o formulário da embaixada manifestando interesse em deixar o país. Até o momento, aqueles que solicitaram apoio do governo brasileiro para a evacuação ainda não receberam resposta.

A Força Aérea Brasileira (FAB), que seria responsável pela operação de transporte, informou que "está pronta e 100% preparada para cumprir a missão, assim que for demandada", mas ainda não houve aviso oficial do governo para a mobilização da FAB. As autoridades brasileiras continuam monitorando a situação e buscando a melhor alternativa para garantir a segurança de seus cidadãos no Líbano.
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