Bombardeios israelenses no Líbano se intensificaram nos últimos dias. Na segunda-feira, mais de 560 morreram e mais de 1,8 mil ficaram feridas nos ataques. O primeiro brasileiro morto foi o jovem Ali Kamal Abdallah, de 15 anos. A brasileira Alice Jacques Fattore, que mora no Líbano, região que está sendo bombardeada por israelenses, implora para que autoridades brasileiras façam algo para tentar repatriar os brasileiros.
Ela afirmou à Globonews que não está conseguindo comprar ou "emitir passagem de avião" para tentar voltar ao Brasil. Ela explicou que, por ora, a única opção é sair a pé, atravessando Beirute, capital do Líbano." E sair via terrestre é atravessar a Síria, e você não sabe o nível de segurança [da região]", diz.
Segundo o Itamaraty, cerca de 21 mil cidadãos do Brasil viviam em território libanês até o começo desta semana. O blog entrou em contato com o Itamaraty para entender quais são as estratégias que pretendem tomar para retirar os brasileiros, mas não teve retorno até a publicação do blog.
Imagem mostra destroços após ataque de Israel atingir subúrbio de Beirute, capital do Líbano
Anwar Amro/AFP
Bombardeios israelenses no Líbano se intensificaram nos últimos dias. Na segunda-feira, mais de 560 morreram e mais de 1,8 mil ficaram feridas nos ataques direcionados ao grupo extremista libanês Hezbollah, no dia mais sangrento desde a guerra do Líbano, em 2006.
O primeiro brasileiro morto foi o jovem Ali Kamal Abdallah, de 15 anos. A família de uma jovem brasileira de 16 anos afirmou também que ela morreu no Líbano. Esta seria a segunda vítima brasileira em território libanês desde a intensificação dos combates no país. O Ministério das Relações Exteriores ainda não confirmou o caso.
Itamaraty confirma morte de adolescente brasileiro no Líbano
Formulário para ser expatriado
Alice disse que está em um grupo oficial da Embaixada do Brasil para receber informações oficiais sobre como proceder nos próximos dias para viver no país em segurança. Até o momento, ela afirmou que recebeu um formulário para expressar a vontade de ser repatriada. "No entanto, [apesar do documento], não há nenhuma garantia que aconteça".
A brasileira afirmou que muitas pessoas estão preenchendo o formulário, mas estão preocupados sobre voltarem ao Brasil, pois podem ficar em situação de vulnerabilidade econômica, já que não há nenhuma política de ajuda de custo para as pessoas conseguirem sobreviver no país.
O Itamaraty faz as seguintes perguntas aos brasileiros no Líbano:
Nome e sobrenome (igual ao passaporte)
Data de nascimento
Turista ou residente? (e se a situação migratória está regular)
Possui outra nacionalidade, além da brasileira?
Caso possua outra(s) nacionalidade(s), liste-a(s) abaixo
Tem passagem aérea em voo comercial de partida do Líbano?
Já fez uso de voo de repatriação anteriormente?
No fim de 2023, o governo brasileiro repatriou mais de 1,4 mil cidadãos que moravam em Israel e na Faixa de Gaza, após a escalada do conflito na região.