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G1 - Política

Convite da Opep+ ao Brasil gera divergências no governo Lula

Brasil recebe convite para aderir á Opep+Na abertura da COP 28, a informação divulgada de que a Opep+ convidou o Brasil para integrar o grupo gerou mal-estar e divergências dentro da equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).


Brasil recebe convite para aderir á Opep+

Na abertura da COP 28, a informação divulgada de que a Opep+ convidou o Brasil para integrar o grupo gerou mal-estar e divergências dentro da equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A ala ambiental avalia que aceitar o convite será ruim para a imagem do Brasil, porque o país estaria se associando a um grupo de países que não querem acelerar a transição energética e costuma pressionar pela alta do preço do barril do petróleo.

A equipe de Minas e Energia destaca que o convite não veio da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), o grupo que decide cortes de produção do petróleo para subir o preço do barril, mas da Opep+, que discute estudos sobre como os países produtores de petróleo devem enfrentar a transição energética.

A decisão será do presidente Lula. A ala econômica do governo também tem dúvidas sobre o convite.

A avaliação é que a entrada do Brasil na Opep+ pode não trazer nenhuma vantagem para o país e, por outro lado, gerar desgastes para a imagem do governo em sua defesa por um mundo de economia verde.

Nesta quinta-feira (30), foi divulgado um vídeo de um encontro da Opep+, quando foi oficializado o convite para o ingresso do Brasil no grupo.

Presente à reunião, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, agradeceu o convite, disse que o Brasil tinha interesse em participar da associação, mas destacou que ainda era necessário analisar alguns pontos antes da oficialização da entrada do país no grupo.

O ministro ressalta que o país não aceitaria participar da Opep, mas no caso da Opep+ existe interesse porque o Brasil poderia acompanhar de perto as discussões sobre como os países produtores de petróleo vão enfrentar a transição energética.

Ele admitiu, porém, que precisa consultar seus colegas e que a decisão final cabe ao presidente Lula.

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