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Queimadas: veja recomendações do Ministério da Saúde para cuidados contra efeitos da fumaça

Ministra da Saúde, Nísia Trindade, reforçou recomendação do governo para que pessoas em regiões de incêndios fiquem o máximo possível em casa.

Por André Miranda

18/09/2024 às 12:49:16 - Atualizado há
Foto: G1 - Globo
Ministra da Saúde, Nísia Trindade, reforçou recomendação do governo para que pessoas em regiões de incêndios fiquem o máximo possível em casa. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, reforçou nesta quarta-feira (18) as recomendações do governo para cuidados com a saúde em regiões atingidas pelas queimadas (veja lista completa abaixo). Segundo ela, as pessoas que moram nessas regiões devem ficar em casa o máximo que conseguirem.

"O Ministério já tem recomendações claras ligadas à proteção nas áreas de foco desses incêndios, das suas proximidades, das pessoas ficarem em casa o mais possível. Nos ambientes de trabalho, nas igrejas, nos locais onde as pessoas frequentam, os mesmos cuidados que são previstos em casa", afirmou Nísia.

A ministra participou de um evento ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Palácio do Planalto, em Brasília, sobre planos de ação contra arboviroses, ocasião em que ela frisou a importância das medidas de proteção à saúde.

Tempo seco e queimadas mudam a paisagem do país

"O maior cuidado possível com a entrada de fumaça, portanto, janelas e portas fechadas; a umidificação do ambiente, que não precisa ser só com umidificador elétrico, mas pode ser na forma tradicional que sempre se fez em lugares de clima seco: uso de bacias, de toalhas, todos esses métodos são válidos", pontuou.

"O que a gente quer recomendar é o cuidados especial para crianças, principalmente, de zero a dois anos de idade, para idosos e para gestantes e pessoas com alergias respiratórias mais sérias, bronquite asmática", completou.

Nesta terça-feira (18), Nísia informou que não teria recomendação geral para fechamento de escolas. Segundo ela, a medida foi tomada depois que o Ministério reuniu especialistas para discutir os impactos das queimadas na saúde da população.

Nísia acrescentou que, no caso das escolas, cada situação deveria ser analisada de forma particular e as decisões tomadas em conjunto com as prefeituras.

Nísia afirmou que monitora a situação com o ministro da Educação, Camilo Santana, a respeito das escolas. A ministra repetiu que não haverá uma orientação geral para o fechamento de escolas devido à fumaça das queimadas.

Nísia frisou que as escolas devem se preocupar com o acesso dos alunos à água.

"O importante é que também os ambientes das escolas tenham esse cuidado com umidificação, com hidratação. Uma das recomendações é também o acesso à água", declarou.

"Não dá para ser uma regra única, o que eu disse ontem é que não deveríamos generalizar", mencionou.

Veja lista de recomendações do Ministério da Saúde:

À população:

Aumentar a ingestão de água potável e procurar locais mais frescos;

Evitar atividades físicas em áreas abertas;

Evitar ficar próximo dos focos de queimadas;

Pessoas com comorbidades, crianças, gestantes e idosos são mais vulneráveis aos efeitos à saúde decorrentes da exposição à poluição do ar e ao calor extremo e precisam de cuidados maiores e manutenção de consultas em dia;

Em caso de sintomas de náuseas, vômitos, febres, falta de ar, tontura, confusão mental ou dores intensas de cabeça, no peito ou abdômen, buscar atendimento médico.

Aos gestores:

Reforçar o atendimento nos serviços de atenção à saúde, especialmente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPA);

Monitorar as informações de qualidade do ar, umidade relativa do ar e temperatura;

Monitorar oferta e qualidade da água e garantir à população o acesso à água potável, com pontos de distribuição e bebedouros públicos, em especial em áreas remotas e de maior vulnerabilidade social;

Garantir a oferta adequada de pontos de hidratação e nebulização, avaliando a necessidade de novas estruturas junto aos serviços de saúde (tendas e salas de hidratação);

Capacitar e orientar equipes de atenção à saúde para compartilhar informações com a população, identificar e manejar em tempo oportuno riscos e agravos à saúde, especialmente em pessoas com comorbidades, crianças, gestantes e idosos;

Reforçar ações de promoção e atenção à saúde mental

- Esta reportagem está em atualização
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