PF tem 52 inquéritos abertos por suspeita de ações intencionais; satélites ajudaram a identificar locais e momento em que queimadas começaram. Incêndio atingiu distrito de Barão Geraldo, em Campinas
Reprodução/EPTV
O diretor de meio ambiente da Polícia Federal (PF), Humberto Freire, afirma que há indícios de que houveram ações coordenadas em casos de incêndios ambientais que levaram cidades como São Paulo, por exemplo, a serem cobertas por fumaça.
Em entrevista ao Estúdio i nesta sexta-feira (13), Freire disse que a PF tem utilizado uma ferramenta de imagens por satélite para tentar descobrir o momento e o local onde os incêndios ambientais começaram.
"Em alguns casos, a gente vê que alguns incêndios começaram quase que ao mesmo tempo, e isso já traz o indício de que pode ter acontecido ações coordenadas. Isso é um indício, isso é um ponto inicial da investigação, e a gente está explorando sim essas possibilidades", afirma.
Atualmente, a PF tem 52 inquéritos abertos por suspeita de incêndio ambiental doloso, ou seja, intencional. As investigações acontecem em diversos estados, como Amazonas, Roraima, Pará, DF, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e São Paulo. Todas com indícios de ação humana e dolosa.
Freire diz que a PF também investiga quem são as pessoas ou grupos que financiam essas ações.
"A gente sabe que muitas vezes o crime ambiental tem penas baixas e por isso que a gente busca investigar o contexto da prática do crime ambiental, quem está financiando, quem está coordinando as ações, quem está dando apoio logístico muitas vezes a esses crimes ambientais para que a gente possa, compilando todos esses crimes que essas organizações praticam, levar uma punição mais efetiva para esses criminosos ambientais."