Portal de Notícias Administrável desenvolvido por Hotfix

G1 - Política

TCU aprova acordo para devolução de R$ 22,6 bilhões do BNDES ao Tesouro Nacional até 2030

Dívida será paga em oito parcelas até 2030.


Dívida será paga em oito parcelas até 2030. Banco de desenvolvimento alegou falta de caixa para pagar o valor integral. O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou nesta quarta-feira (29) um acordo entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Tesouro Nacional para devolução de R$ 22,6 bilhões aos cofres do governo. O pagamento será feito em oito parcelas até 2030.

A dívida teria vencimento na próxima quinta-feira (30), mas o banco pediu a prorrogação do cronograma, alegando falta de caixa para pagar a parcela.

"A aprovação do novo cronograma proposto pelo BNDES não significa que a devolução dos recursos irregularmente recebidos não possa ser novamente pactuada no futuro, para devolução mais célere ainda, se as condições de conjuntura econômica e financeira do banco assim o permitirem", afirmou o ministro Aroldo Cedraz, relator do processo.

A decisão diverge o entendimento da área técnica do TCU, que recomendou aos ministros considerar o novo cronograma inadequado.

Em nota nesta quarta-feira (29), o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, disse que o entendimento do TCU "assegura o resgate histórico do Banco como um dos grandes indutores do desenvolvimento nacional".

BNDES anuncia linhas de crédito para a indústria

O banco afirmou que o pagamento integral poderia colocar em risco o caixa mínimo do BNDES, estabelecido em R$ 13,9 bilhões. Segundo o BNDES, falta liquidez para pagar a última parcela.

"O aumento da demanda por crédito do banco associado à conjuntura do mercado de capitais [...] resultou em uma situação de falta de liquidez para honrar com a última parcela extraordinária de devolução de recursos ao Tesouro Nacional", afirmou em carta ao ministro Aroldo Cedraz.

Entenda

A dívida existe porque, em 2021, o TCU considerou que os empréstimos feitos pela União a cinco bancos públicos federais entre 2008 e 2015 foram irregulares.

O governo havia feito a emissão de títulos públicos pelo Tesouro com aporte direto na carteira dos bancos BNDES, Caixa, Banco do Brasil, BNB e Basa, no total de R$ 464 bilhões.

Na ocasião, o governo buscava capitalizar os bancos para o financiamento de políticas públicas ou a concessão de crédito para segmentos da economia, visando fomentar a política de "campeões nacionais".

Contudo, a Corte de Contas avaliou que as transações foram feitas fora da lei orçamentária anual, por meio de manobras contábeis, e determinou sua devolução pelos bancos.

Em 2022, o BNDES pleiteou uma devolução parcelada até 2040. Mas o governo recorreu ao TCU, alegando que a devolução integral não prejudicaria a saúde financeira do banco de desenvolvimento.

Ficou acordado que seria paga uma parcela em novembro de 2022 e outra em novembro de 2023, no valor de R$ 22,6 bilhões. Mas, em outubro deste ano, o BNDES pediu a prorrogação do cronograma, com um novo parcelamento da segunda parte da dívida em oito vezes.

G1 - Política

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!