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Lula diz que não vai romper relações ou punir Venezuela: 'O bloqueio não prejudica Maduro, prejudica o povo'

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Presidente já tinha dito em outras ocasiões não reconhecer a vitória de Nicolás Maduro no pleito de julho até que ele divulgasse as atas com o resultado das eleições. Presidentes Lula e Maduro durante encontro em Brasília, em maio de 2023.

Ueslei Marcelino/Reuters

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta sexta-feira (6) que não vai romper relações ou fazer bloqueio contra Venezuela. Segundo ele, o bloqueio "não prejudica Maduro, prejudica o povo."

Lula já tinha dito em outras ocasiões não reconhecer a vitória de Nicolás Maduro no pleito de julho até que ele divulgasse as atas com o resultado das eleições.

Mesmo assim, a diplomacia brasileira já comentava que a tendência não era um rompimento na relação entre os dois países.

"A gente não aceitou o resultado das eleições, mas não vou romper relações, e também não concordo com a punição unilateral, o bloqueio, porque o bloqueio não prejudica o Maduro. O bloqueio prejudica o povo. E eu acho que o povo não deve ser vítima disso", disse Lula.

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Em outro momento da entrevista, Lula ressaltou que, assim como se sentiu no direito de dizer que não reconhece a vitória de Maduro, também não reconhece a vitória da oposição.

Lula voltou a criticar a posição de Maduro. No fim de agosto, o presidente disse que Maduro terá de "arcar com as consequências do seu gesto", fazendo referência à escolha dele de não apresentar as atas.

"Eu acho que o comportamento do Maduro é um comportamento que deixa a desejar. Eu acho que aqui no Brasil a gente aprendeu a fazer democracia com muito sofrimento", comparou.

Lula ajustou o tom das declarações sobre a eleição venezuelana desde que foi criticado por afirmar que não havia observado nada de anormal na disputa, marcada por suspeitas de fraudes.

A declaração de Lula foi dada em uma entrevista à rádio Difusora de Goiânia (GO).

Situação da Venezuela

No fim do mês passado, o mais alto Tribunal de Justiça da Venezuela, que é controlado pelo governo, sacramentou a vitória de Nicolás Maduro na eleição presidencial. Mas sem apresentar as atas de votação que comprovassem o resultado.

Dias depois, Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país afirmou ter acatado a decisão o tribunal de declarar Nicolás Maduro como vencedor das eleições presidenciais de 28 de julho.

Na sequência, a Justiça da Venezuela aceitou um pedido do Ministério Público para emitir um mandado de prisão contra o opositor de Maduro nas eleições, Edmundo González.

Após o episódio, o assessor especial do presidente Lula, Celso Amorim, afirmou que a decisão de prender o opositor era "muito preocupante" e "a coisa errada a se fazer".

Em entrevista à agência Reuters, Amorim também disse que é "inegável" que haja uma escalada de autoritarismo na Venezuela – e que o Brasil não tem visto espaço para diálogo no país vizinho.

Ainda assim, Amorim reforçou que o Brasil espera uma solução pacífica para a crise política no país vizinho.

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