G1 - PolÃtica
Até agora, a Corte já condenou 25 participantes dos ataques às sedes dos Três Poderes .Penas vão de 3 a 17 anos de prisão O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta sexta-feira (24) para condenar mais cinco réus acusados pela Procuradoria-Geral da República de executarem os atos golpistas do dia 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas.O julgamento ocorre no plenário virtual, quando os ministros inserem seus votos no sistema eletrônico e não há debates. Os casos são analisados de forma individual. O julgamento será encerrado no fim da noite desta sexta. Votaram pela condenação dos réus os ministros: Alexandre de Moraes (relator), Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Luiz Edson Fachin e Luiz FuxAinda não há maioria para estabelecer o tempo de prisão dos condenados. Isso porque Zanin e Fachin divergiram das penas propostas pelo relator Alexandre de Moraes. Os demais ministros seguiram na integralidade o voto de Moraes.O relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes, propôs que os cinco sejam condenados a penas de 17 anos de prisão, em regime inicial fechado. Fachin e Zanin defenderam penas de 15 anos de prisão. O ministro André Mendonça votou para absolver dois réus e condenar três a 4 anos e 2 meses de prisão. Os réus foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República pelos crimes de:abolição do Estado Democrático de Direito;?dano qualificado;?golpe de Estado;?deterioração do patrimônio tombado;?associação criminosa.A maioria dos ministros entendeu que houve uma clara intenção por parte de uma multidão de tomada ilícita de poder, com uso de meios violentos para derrubar um governo democraticamente eleito.A maioria da Corte também afirmou que os ataques configuraram o chamado crime de multidão, quando um grupo comete uma série de crimes, sendo que um influencia a conduta do outro, num efeito manada. Com isso, todos precisam responder pelo resultado dos crimes.As defesas negam que os acusados tenham participado dos atos golpistas e perdem o arquivamento das ações.RéusVeja abaixo quem são os réus:Alethea Verusca SoaresPresa no Palácio do Planalto. É moradora de São José dos Campos (SP). Fez postagens de vídeos e fotos participando dos acampamentos bolsonaristas em São José dos Campos, que aconteceram principalmente no DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia da Aeronáutica).Ana Paula Neubaner RodriguesFoi presa no Palácio do Planalto. É moradora de Ipatinga (MG). Em 2020, foi candidata à vereadora pelo Patriotas. Nas redes sociais, ela posta fotos com bolsonaristas.Angelo Sotero de LimaPreso no Palácio do Planalto. É morador de Blumenau (SC), se identifica nas redes sociais como músico. Tem postagens com incitação à cassação de ministros do STF e com pedidos de intervenção milita.Eduardo Zeferino EnglertFoi preso no Palácio do Planalto. É empresário e mora em Santa Maria (RS). A PF encontrou vídeos no celular dele com cenas de invasão dos prédios, sendo que em um deles registrou pessoas tentando dissuadir soldados do Exército Brasileiro a liberarem o acesso no interior do prédio público. Também foi encontrado perfil genético dele em uma garrafa esquecida no Planalto.Rosely Oereira MonteiroFoi presa no Palácio do Planalto. Ela é moradora de Colíder (MT) e teria ficado acampada em frente ao Quartel General do Exército