Sistema de Proteção e Defesa Civil foi acionado no último sábado (20), e colaborou durante a fase crítica da extração dos peixes no Rio Piracicaba.
A operação coordenada pela Polícia Ambiental e a Defesa Civil do Estado de São Paulo para a retirada de peixes mortos do Rio Piracicaba já recolheu mais de 98 toneladas de material do leito do rio, na região do bairro Tanquã. Com o objetivo de mitigar os impactos ambientais na região, a ação conta com a colaboração da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), da Fundação Florestal (FF) e dos municípios de Piracicaba e São Pedro.
Iniciada em 17 de julho, a operação foi intensificada no último sábado com a chegada de agentes da Defesa Civil de municípios da região. As equipes contaram com o auxílio de dois hidrotratores, que operaram simultaneamente, retirando cerca de 100 quilos de material cada vez.
Os locais de coleta são identificados com o uso de drones da Defesa Civil, que identifica os peixes acumulados em meio as plantas em diferentes pontos do rio. Os cardumes coletados são encaminhados para o aterro sanitário, em Piracicaba, para o descarte correto. Com o encerramento da fase crítica de retirada dos peixes, a operação continuará sendo realizada pelas equipes locais.
ÁREA DE PROTEÇÃO
O Tanquã-Rio Piracicaba é considerado uma Área de Proteção Ambiental (APA) desde 2018 e compreende uma área de 14.057 hectares, abrangendo os municípios de Anhembi, Botucatu, Dois Córregos, Piracicaba, Santa Maria da Serra e São Pedro.
De acordo com informações da Fundação Florestal, o local abriga 94 espécies de aves aquáticas, das quais 16 realizam movimentos migratórios e oito estão ameaçadas no estado. Entre os mamíferos e répteis ameaçados de extinção, encontram-se a onça-parda, o lobo-guará, a jaguatirica e o jacaré-de-papo-amarelo. Já entre os peixes, as espécies piracanjuba, curimbatá-de-lagoa, pacu e pintado estão na lista de ameaçados de extinção.