Somente no primeiro semestre de 2024, mais de 8,2 bilhões de litros de esgoto sem tratamento deixaram de ser despejados nos rios e córregos de Rio Claro. Isso só foi possível devido aos avanços em esgotamento sanitário conquistados pelo município. O volume é apurado com base na operação da BRK, concessionária responsável pelos serviços de esgotamento sanitário no município.
Para coletar o esgoto da área urbana da cidade, ou seja, destinar todo o esgoto gerado nos imóveis (pelas pias, ralos e vasos sanitários) até as devidas tubulações, Rio Claro possui 837,5 quilômetros de redes. Isso significa que se toda a estrutura de tubulações da cidade fosse colocada numa linha reta, ela seria suficiente para chegar próximo à divisa do estado da Bahia. Ou, ainda, realizar por quatro vezes uma viagem de Rio Claro à capital São Paulo.
Por dia, mais de 45 milhões de litros de esgoto foram recebidos in natura nas estações da BRK, tratados e devolvidos adequadamente aos rios do município. Há pouco mais de uma década, a cidade tratava apenas 11% de seu esgoto. Em 2010, conquistou um importante avanço neste serviço com o início de operação da ETE Conduta e, posteriormente, em 2017, com o início de operação da ETE Jardim Novo, alcançando os 92% atuais de tratamento de esgoto.
O resultado obtido em Rio Claro é bem diferente do resto do país. É o que mostra o Esgotômetro do Instituto Trata Brasil, que desde o dia 1º de janeiro de 2024, acompanha a quantidade de esgoto sem tratamento despejados na natureza. Até agora, o equivalente a mais de 1.070.320 mil piscinas olímpicas de esgoto foram despejados na natureza em todo o território nacional.
Segundo o Ranking do Saneamento 2024, elaborado pelo Instituto Trata Brasil com dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), ano de 2022, no Brasil, apenas 52,2% do esgoto é tratado, o que significa que?o equivalente a mais de 5,2 mil piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento é despejado na natureza todos os dias. Vale destacar que o município de Rio Claro não está contemplado no Ranking, uma vez que o estudo considera os 100 maiores municípios, tendo em vista a estimativa populacional de 2022 do IBGE.
"O avanço nos serviços de esgotamento sanitário é uma conquista do município de Rio Claro, fruto dos investimentos e da operação realizada continuamente pela concessionária. Essa é uma conquista muito importante, pois impacta diretamente no cotidiano da população, uma vez que os sistemas de coleta e tratamento de esgoto são fundamentais para a saúde pública e meio ambiente em toda a região", explica Rodrigo Zangirolami, gerente de operações da BRK em Rio Claro.
Cuidados com a rede de esgoto
A concessionária destaca que as redes de esgoto não foram projetadas para transportar lixo ou outros resíduos sólidos e que a má utilização pode causar transtornos a todos. Por isso, a empresa reforça que é fundamental não jogar restos de comida e lixo nas redes de esgoto. Além disso, lembra que o acúmulo de fios de cabelo e óleo de cozinha estão entre os principais responsáveis pelo entupimento das redes públicas de esgoto, portanto, é preciso dar a eles o destino adequado.
Outro fator muito importante para o correto funcionamento do sistema de esgoto é a separação da água pluvial, também conhecida como água de chuva, do esgoto ainda no imóvel. O lançamento irregular da água de calhas, quintal e áreas abertas no esgoto pode resultar em danos diversos às redes, em dias de chuvas principalmente.
Cuidados como esses ajudam a reduzir a quantidade de entupimentos nas redes de esgoto, além de evitar o retorno de esgoto para as residências.
BRK Ambiental