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Clima

São Paulo registra mês de junho mais seco e quente dos últimos 63 anos

Na capital não choveu um dia sequer no mês de junho; temperatura máxima na cidade foi a maior desde 1961.


Imagem Ilustrativa. Foto: Getty Images

O mês de junho de 2024 ficará marcado com um dos mais secos da história de São Paulo, ao menos é o que indica o levantamento feito pelo Centro de Gerenciamento de Emergências da Defesa Civil estadual (CGE). Os dados disponíveis apontam que desde 1961 a capital não registrava temperaturas máximas tão elevadas para um mês de junho. A temperatura máxima registrada foi de 28,8°C e ficou acima da média histórica, que é de 22,6°C. Em junho também não choveu um dia sequer. Ao menos desde 1998 a cidade de São Paulo não tinha um mês de junho sem chover em nenhum dia. O esperado era de 50,3mm para o mês.

No interior do estado o cenário de secura e tempo quente foi ainda mais severo. Enquanto na Capital e Região Metropolitana as temperaturas ficaram cerca de 25% acima da média histórica. Na região do Vale do Paraíba e Presidente Prudente as temperaturas máximas ficaram quase 50% acima da média. Nas regiões de Campinas, Bauru, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto o clima quente ficou entre 20 e 30% acima da média.

Algumas cidades do interior tiverem temperatura máxima até 7°C acima da média histórica. Caso de Campinas, que teve o dia mais quente de junho no dia 24, com máxima de 30°C, enquanto sua média é de 23°C. Na cidade de Presidente Prudente o dia mais quente de junho registrou 33,1°C, enquanto a média do mês é de 25,7°C. Já São José do Rio Preto registrou impressionares 35,5°C de máxima no dia 25 deste mês. Sua média histórica é 27,3°C. Bauru ficou 7°C acima da média, com o dia mais quente marcando 31,7°C e a média em 24,6°C. Já em Ribeirão Preto, a média é 26,6°C e a máxima de junho foi 32,2°C.

Cidades ficaram sem chuva durante todo o mês de junho

Além da Capital que não choveu nem um dia, outras cidades paulistas também enfrentaram uma estiagem severa. O município de Bauru, localizado na região central do estado, ficou o mês inteiro sem receber uma gota de chuva. O mesmo ocorreu na cidade de Presidente Prudente, Ribeirão Preto e Campinas. Vale lembrar que as regiões centro-oeste do estado entraram em estado de emergência para risco de incêndio, segundo o Mapa de Risco de incêndio da Defesa Civil. Em cidades como São José do Rio Preto e São José do Campos choveu quase 90% a menos do que o esperado para o mês. No levantamento promovido pelo CGE, os meteorologistas concluíram que todas as cidades do estado de São Paulo registraram entre 60% a 90% menos chuva que a média esperada.

Para o meteorologista Willian Minhoto, os efeitos do El Ninõ ainda são sentidos na atmosfera. "Vale lembrar que estamos em transição entre o fenômeno El Ninõ e uma fase de neutralidade, ou seja, a atmosfera ainda está se adaptando aos contrastes e voltando ao seu estado normal", conclui o meteorologista. E é justamente essa mudança climática uma das causas para a escassez de chuva e o tempo seco.

Defesa Civil monitora os riscos de queimadas florestais durante a Operação SP Sem Fogo

Este tempo seco e com baixa umidade do ar é um cenário ideal para propagação das queimadas florestais. Neste período de estiagem, o Centro de Gerenciamento de Emergências funciona 24 horas por dia monitorando os riscos para queimadas.

O uso de tecnologia auxilia neste trabalho. Uma das ferramentas disponíveis é o Mapa de Risco de Incêndio. O software utiliza algoritmos que cruza dados como unidade relativa do ar, temperatura, velocidade do vento, previsão de chuva e classifica as regiões com maior probabilidade de queimadas sinalizando isso em mapa com escala de cores.

Uma outra ferramenta é o SMAC, que monitora em tempo real os focos de incêndio existentes no estado. A partir de imagens de satélites é possível identificar um incêndio e acionar as equipes de brigadistas para combaterem as chamas.

População deve contribuir na prevenção

A população deve contribuir para evitar queimadas florestais. Algumas ações irresponsáveis agravam a situação e geram focos de incêndio. A soltura de balões apresenta um enorme risco não só para queimadas, mas também para a aviação civil e integridade física das pessoas.

Recomendamos também que as pessoas não queimem lixo, não usem fogo para a limpeza de terrenos em áreas rurais e não jogo bituca de cigarro às margens das rodovias. Diante de qualquer situação de emergência deve-se manter a calma e acionar a Defesa Civil pelo número 199.

Defesa Civil do Estado de São Paulo

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