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Vitória da esquerda na França é 'inspiração', mas também 'recado' sobre reforçar aliança com o centro, dizem aliados de Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sua equipe comemoraram, neste domingo (8), a vitória da esquerda na eleição da França – derrotando a extrema-direita tida como favorita até a véspera.


Foto: Agência Brasil - EBC
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sua equipe comemoraram, neste domingo (8), a vitória da esquerda na eleição da França – derrotando a extrema-direita tida como favorita até a véspera.

Em redes sociais, Lula disse que o resultado na França, assim como a vitória dos Trabalhistas no Reino Unido, reforça a importância do diálogo entre os segmentos progressistas em defesa da democracia e da Justiça social. E que precisa servir de inspiração para a América do Sul.

Aliados do presidente brasileiro afirmaram ao blog, por outro lado, que o cenário francês também passa um recado em sentido quase inverso ao Brasil.

Se os parlamentares de centro na França cederam espaço e se aliaram à esquerda para formar um "cordão sanitário" capaz de barrar a extrema-direita, no Brasil há chances de que aconteça o contrário. Ou seja, uma eventual aliança do Centrão com a extrema-direita nas eleições futuras.

Por isso, segundo esses aliados, o governo Lula precisa se aproximar do centro – e do Centrão – para evitar uma ascensão da extrema-direita no país. Grupo, aliás, que pode mostrar força já nas eleições municipais de outubro.

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'Cordão sanitário'

A estratégia vitoriosa na França para afastar a extrema-direita do governo envolveu uma complexa união entre o centro e a esquerda. Em vários distritos, candidatos de uma dessas frentes abrirão mão de suas candidaturas para reforçar uma candidatura democrática mais bem posicionada.

A união deu resultado. A esquerda ganhou mais assentos no parlamento, e os partidos de centro ligados a Emmanuel Macron ficaram em segundo.

A extrema-direita, grande vitoriosa no primeiro turno há uma semana, ficou apenas em terceiro no resultado final. Ainda assim, dobrou de tamanho.

Agora, a esquerda reivindica formar um novo governo. Macron quer manter o atual primeiro-ministro Gabriel Attal, que chegou a colocar o cargo à disposição.

O atual presidente, porém, vai ter de negociar com a esquerda, porque não tem maioria no Parlamento – uma situação nova para Macron.

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