As declarações do presidente Luiz Inácio Lula da silva nesta segunda sobre a situação do presidente Joe Biden na corrida pela reeleição sinaliza uma preocupação real no Palácio do Planalto com um eventual cenário de vitória de Donald Trump na disputa pela Casa Branca, em novembro.
Na fala, Lula chegou a refletir que Biden tem que "problemas", como andar lentamente e demorar para responder perguntas, e que torce por ele, mas, caso o candidato não tenha condições, o partido Democrata poderia indicar outra pessoa.
Segundo um interlocutor do presidente, o grande temor é do reflexo mundial de uma vitória de Trump. A percepção é de que teria impacto grande inclusive no Brasil, com fortalecimento da extrema-direita e do bolsonarismo no país.
A avalição é que foi o primeiro Trump que abriu espaço para movimentos de direita no mundo.
Lula verbalizou, sem citar Trump, que as eleições no Estados Unidos são muito importantes para o resto do mundo e que, dependendo do vencedor, o planeta pode melhorar ou piorar.
A eleição de Biden em 2020, na avaliação de interlocutores de Lula, ajudou a enfraquecer o bolsonarismo. Há o reconhecimento de que na disputa de 2022, Biden, desde o primeiro momento, apostou nas instituições brasileiras, referendou o resultado das eleições imediatamente e reagiu a durante a tentativa do golpe em 8 de janeiro de 2023.
A avaliação é que nenhum desses gestos teria acontecido caso Trump fosse o presidente dos Estados Unidos.