G1 - PolÃtica
Relatório apontou suposto conluio de Sergio Moro, Gabriela Hardt, Deltan Dallagnol e procuradores sobre a destinação de R$ 2,5 bilhões. A Corregedoria Nacional de Justiça determinou nesta terça-feira (11) o envio ao Ministério Público Federal e ao Supremo Tribunal Federal (STF) do relatório que apontou supostos indícios de crimes de juízes e procuradores que atuaram na Lava Jato.A decisão foi tomada após o plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinar na sexta-feira (7) a abertura de processo disciplinar contra magistrados que aturam na Lava Jato e confirmar a proposta da Corregedoria de enviar as conclusões para a PGR e ao STF. O corregedor Nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, assinou o acórdão (resultado do julgamento) nesta terça. Desembargador lança, em São Luís, livro sobre a operação Lava Jato.O relatório da fiscalização na Lava Jato do Paraná, que foi elaborado por delegado da Polícia Federal, afirmou que houve conluio do ex-juiz e senador Sergio Moro (União Brasil- PR), da juíza Gabriela Hardt, do ex-procurador e ex-deputado Deltan Dallagnol e procuradores para garantir a destinação e desvio de R$ 2,5 bilhões de recursos públicos para uma fundação que seria criada pela Lava Jato a partir de multas. Eles negam irregularidades. Segundo o relatório, há suspeita de crimes de prevaricação, corrupção privilegiada e corrupção passiva. O material deve ser analisado pela equipe do procurador-geral da República, Paulo Gonet. Cabe ao Ministério Público decidir se vai pedir a abertura de investigação, pedir mais informações, oferecer uma acusação formal à Justiça ou se é o caso de arquivamento. Não há prazo para isso. O documento também deve ser enviado ao ministro Dias Toffoli, do STF, que é relator de ações que discutem regularidades nas investigações na Lava Jato.