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Inquéritos envolvendo Jair Bolsonaro devem ser concluídos nos próximos meses, diz diretor-geral da PF

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Em entrevista, Andrei Passos Rodrigues disse que investigações estão na reta final. Após a conclusão, documentos serão encaminhados ao ministro Alexandre de Moraes e PGR. Andrei Passos Rodrigues, o diretor-geral da PF

Reprodução/TV Globo

Em entrevista ao programa da Miriam Leitão, na GloboNews, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, informou que inquéritos nos quais o ex-presidente Jair Bolsonaro é investigado deverão ser concluídos nos próximos meses.

O primeiro inquérito, que investiga se Bolsonaro se apropriou indevidamente das joias milionárias dadas pela Arábia Saudita ao governo brasileiro, está agendado para ser finalizado até o fim deste mês.

Paralelamente, também está prevista a conclusão do inquérito sobre fraudes nos cartões de vacinação. Ele já foi indiciado nesse caso, mas a Procuradoria-Geral da República (PRG) pediu mais investigações. A PGR quer saber se Bolsonaro usou o cartão fraudado para entrar nos Estados Unidos.

"Havia ainda pendências da cooperação internacional. Nossa equipe retornou recentemente dos Estados Unidos com os dados e informações que entendeu que são suficientes. Portanto, se encaminha para a análise final e relatório dessa etapa de investigação", afirmou Rodrigues.

O diretor-geral disse que, apesar da conclusão das investigações centrais dos dois inquéritos, a PF não descarta possíveis desdobramentos, que podem gerar novas apurações.

Além desses, a Polícia Federal está finalizando o inquérito sobre a suposta interferência da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas eleições, com previsão de término em 30 dias. Este inquérito investiga se houve uso indevido da PRF para influenciar o resultado eleitoral.

Por último, até o fim de julho, espera-se a conclusão do inquérito que investiga alegações de tentativas de golpe após as eleições, além do 8 de janeiro.

O diretor-geral afirmou que não poderia comentar se há indícios de envolvimento de Bolsonaro nos atos golpistas, mas disse que a equipe da PF está fazendo um trabalho técnico e sério.

"Garanto que se houver a participação de qualquer pessoa, ela será apontada e apresentada. A PF não julga ou condena ninguém. Nós colhemos todos os dados da investigação e apresentamos ao Poder Judiciário", disse.

Após a conclusão de cada inquérito pela Polícia Federal, os documentos são encaminhados ao ministro Alexandre de Moraes, que então os repassa para a PGR.

A PGR analisará os resultados e decidirá se há evidências suficientes para pedir o indiciamento de Bolsonaro ou se novas diligências são necessárias.

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