Na Copa Feminina de Tênis de Rio Claro, Paulina Bordon, única técnica mulher no torneio, comenta as dificuldades da profissão.
O mundo do tênis, tanto masculino quanto feminino, é dominado por técnicos homens. São poucos os exemplos de mulheres atuando nessa função. No Top 10 feminino, não há nenhuma tenista sendo treinada por uma mulher. Entre os homens, essa parceria é ainda mais rara. Os motivos são muitos, mas ainda persiste a mentalidade de que os homens precisam de homens para bater bola, treinar e viajar no dia a dia.
E as mulheres? Não seria mais fácil viajar com outra mulher? Na Copa Feminina de Tênis de Rio Claro, entre 32 tenistas, apenas uma tem uma técnica mulher. A argentina Paulina Bordon, de 22 anos, acompanha Francesca Mattioli, que disputou o qualifying e venceu a primeira partida da chave principal, derrotando a juvenil convidada da ITF, Luciana Moyano (ARG), por duplo 6/1. Francesca e Paulina estão sozinhas em Rio Claro, e ao que parece, a parceria faz muito bem para as duas. "Acho muito bom, sempre viajei com homens e estar com uma mulher é ótimo, porque ela te compreende por outros lados, passa o mesmo que eu em vários aspectos", comenta Francesca.
Paulina jogou como juvenil e seu pai, Leo Bordon, tem uma academia de tênis em Buenos Aires. Mesmo assim, ela sempre quis estudar e ser coach, embora reconheça que não é fácil. "É muito difícil. Geralmente você tem que estar em uma academia e conhecer a todos desde pequenos ou ter algum conhecido, como é o meu caso, e se dedicar muito a isso. Porque não vão te aceitar tão facilmente", explica Paulina. "E treinar homens também não é fácil, pois não podemos estar em todos os lugares com eles, como no vestiário, por exemplo."
Hoje, serão definidas as oitavas de final da Copa Feminina de Tênis de Rio Claro, torneio ITF W15 com premiação de US$ 15 mil e pontos no ranking da WTA. As quadras do Clube de Campo de Rio Claro receberam uma boa torcida, que apoiou bastante as brasileiras. Júlia Konishi avançou ao vencer facilmente a chilena Fernanda Contreras por duplo 6/1, e Cecília Costa se garantiu na próxima rodada também com tranquilidade, marcando 6/1 6/2 em Juliana Rodriguez (URU). Alessandra Caceres (CHI) está entre as 16 finalistas, ganhando de Katja Markus (ARG) por 6/1 7/5. Camila Romero (EQU) eliminou Bianca Bernardes (BRA) por 6/2 6/1. Sol Larraya (ARG) venceu a paranaense Paola Dalmenico em um jogo equilibrado, decidido no terceiro set: 6/0 4/6 6/3.
Ao todo, o Brasil já tem cinco jogadoras na segunda rodada, e o número pode aumentar com os jogos que estão por vir. Os jogos seguem até a noite e a entrada para é gratuita mediante resgate de ingressos sempre no dia anterior ao evento em https://appticket.com.br/
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