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G1 - Política

Juiz pede informações de compra de avião para a Presidência; governo diz que não há decisão sobre aquisição

Deputados pedem que Judiciário impeça eventual compra de avião.


Deputados pedem que Judiciário impeça eventual compra de avião. Governo afirma que eventual processo de aquisição será público e conduzido pela FAB. O juiz Marllon Sousa, auxiliar da 7ª Vara Federal/DF, deu nesta terça-feira (19) prazo de cinco dias para o governo se manifestar sobre uma ação de deputados que questiona a possível compra de um novo avião presidencial.

O Palácio do Planalto afirmou em nota que não foi intimado da decisão (leia nota completa mais abaixo) e que não há decisão de adquirir um novo avião e que, caso seja decidido comprar uma nova aeronave, o processo será público e conduzido pela Força Aérea Brasileira (FAB).

Em junho, em resposta ao questionamento do g1 sobre o assunto, o Comando da Aeronáutica informou que "analisa solicitação da Presidência da República", confirmando que a substituição está na pauta da Presidência.

"Determino a prévia intimação da União, com urgência, para se manifestar acerca do pedido de tutela de urgência formulado nos autos, no prazo de 5 (cinco) dias. Intime-se, também, o MPF, na forma do art. 6º, §4º, da Lei nº. 4.717/1965. Prazo: 5 (cinco) dias. Após, venham os autos imediatamente conclusos para decisão. Brasília, data da assinatura digital", diz o despacho do juiz.

Os deputados alegam que há risco de "gravíssimo dano ao erário público, desvio de finalidade e afronta ao princípio da moralidade" na aquisição de um novo avião para servir às necessidades da Presidência da República e pedem que o Judiciário suspenda eventual compra.

Em nota, o Planalto afirmou que não há definição sobre a compra:

"Não há decisão sobre aquisição de novo avião para a Presidência da República. Caso haja definição de compra, o processo será público e conduzido pela Força Aérea Brasileira (FAB), órgão responsável pela aquisição de aeronaves. Cabe acrescentar, ainda, que a Presidência não foi intimada da decisão."

'Aerolula': o atual avião presidencial

Em 2005, o Brasil adquiriu, pela sétima vez, um avião para transporte do presidente da República. O ocupante do Palácio do Planalto era Luiz Inácio Lula da Silva (PT), então em seu primeiro mandato. Alvo de polêmica, a aquisição custou a Lula muitas críticas e o apelido do aeronave – Aerolula – usado de forma pejorativa pela oposição.

O atual avião é um Airbus ACJ-319, uma versão executiva do jato A319 da fabricante francesa de aviões Airbus.

Quando foi adquirido, era o único jato do tipo em operação no Brasil. A aeronave foi usada também pelos presidentes Dilma Roussef (PT), Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), além do próprio Lula em seu terceiro mandato, iniciado em 2023.

O avião da FAB custou cerca de US$ 56,7 milhões (R$ 167 milhões no câmbio da época) aos cofres públicos. Ele foi inaugurado com um quarto de casal, banheiro com chuveiro, uma sala para o presidente, além de 55 lugares. Em valores de hoje, com correção monetária pelo índice IPC-A, o avião teria custado R$ 450 milhões.

Antes disso, o Boeing 707, mais conhecido como "Sucatão", era o responsável pelo transporte dos chefes de Estado. Ele foi comprado em 1986 durante o governo de José Sarney (MDB) e foi substituído devido ao seu alto custo de manutenção, consumo elevado, dificuldade para operar em pistas curtas e em fazer voos longos sem escala.

Desde que assumiu o seu terceiro mandato, agora em 2023, Lula já esteve em 20 países e pretende, ainda este ano, realizar outras viagens internacionais. E, para dar continuidade às visitas internacionais, o atual presidente pediu a troca do modelo comprado durante a sua primeira gestão, o Aerolula.

Além disso, o alcance de 8.500 km da aeronave é considerado limitado pelo presidente, já que destinos mais distantes demandam, obrigatoriamente, uma ou mais escalas. Quando viajou para a China, em abril deste ano, a comitiva de Lula precisou fazer duas paradas: uma em Lisboa, em Portugal, e outra em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes.

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