G1 - Política
Presidente classificou a eleição deste ano em São Paulo como 'verdadeira guerra' e pediu para que seus eleitores votem no deputado do PSOL. Nunes e Marina Helena disseram que vão entrar com ação na Justiça Eleitoral. O presidente Lula e o pré-candidato a prefeito de SP Guilherme Boulos (PSOL) durante ato de 1° de Maio no estacionamento do estádio do Corinthians, em ItaqueraRoberto Casimiro/Fotoarena/Estadão ConteúdoO presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu votos para Guilherme Boulos (PSOL), pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, durante o evento de 1º de Maio, no estádio do Corinthians, na Zona Leste da capital Paulista.Lula classificou a eleição deste ano em São Paulo como "verdadeira guerra" e pediu para que seus eleitores votem no deputado na disputa para a Prefeitura da capital paulista."Ele [Boulos] está disputando com o nosso adversário nacional, contra o nosso estadual, contra o nosso adversário municipal. Ele está enfrentando três adversários. E, por isso, quero dizer: Ninguém vai derrotar esse moço se vocês votarem no Boulos para prefeito nessas eleições. E eu vou fazer um apelo. Cada pessoa que votou no Lula em 1989, 1996, 1998, em 2006, 2010, em 2022, tem que votar no Boulos para prefeito de São Paulo. A legislação eleitoral impõe restrições à propaganda na chamada pré-campanha e proíbe pedido de voto.Para a juíza Cláudia Bedotti, em uma decisão do TRE que rejeitou representação contra o Facebook por propaganda antecipada, o que a define é o pedido explícito de votos – "condição necessária para sua caracterização, independentemente da forma utilizada ou da existência de gasto de recursos."A pré-candidata à Prefeitura de São Paulo pelo Novo, Marina Helena, afirmou que vai entrar com ação direta na Justiça Eleitoral por propaganda antecipada e com representação no MP por abuso de poder político pelo Lula.O Palácio do Planalto apagou do CanalGov, do Youtube, a transmissão dos discursos do 1º de Maio. Porém, ela segue no perfil pessoal de Lula nas redes sociais. O Diretório Municipal do MDB de São Paulo, partido do prefeito Ricardo Nunes, pré-candidato à reeleição, afirmou, por meio de nota que considerou a fala de Lula propaganda eleitoral antecipada, e que "vai promover medidas jurídicas cabíveis, buscando a aplicação de multa ao presidente". "Paralelamente, se pedirá ao Ministério Público (MP) a abertura de inquérito para a apuração dos valores gastos com o evento, incluindo os públicos, além do uso da estrutura sindical com o objetivo de se promover candidatura", diz o MDB. "A postura do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é uma afronta à legislação eleitoral vigente. Face a isso, o Diretório Municipal do MDB de São Paulo tomará as medidas jurídicas cabíveis. Eleição não é guerra e a população paulistana não pode ser a vítima. O povo de São Paulo merece uma eleição justa, com debates propositivos sobre a cidade e pré-candidatos que não se coloquem acima da lei. A ousadia de Lula num ato esvaziado e com público controlado é mais um alerta aos paulistanos: não podemos deixar que São Paulo sirva de trampolim para o projeto de poder que a extrema esquerda tem para o Brasil", diz Enrico Misasi , presidente do Diretório Municipal do MDB de São Paulo.O deputado federal Kim Kataguiri, pré-candidato pela União Brasil, também disse que irá à Justiça.O presidente Lula e o pré-candidato a prefeito de SP Guilherme Boulos (PSOL) durante ato do 1º de Maio no estádio do Corinthians, em ItaqueraReprodução/Instagram