Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse em entrevista que o Congresso Nacional também precisa ter responsabilidade fiscal. O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), rebateu crítica do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT)
Jefferson Rudy/Agência Senado
O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou neste sábado que o governo federal não deve "exigir do Parlamento adesão integral ao que pensa o Executivo".
Pacheco que também é presidente do Congresso Nacional, respondeu a crtítica que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), fez aos parlamentares em entrevista ao jornal Folha de São Paulo que o Congresso Nacional também precisa ter responsabilidade fiscal.
Em nota, o senador afirmou que a pauta que o Congresso teve uma pauta que ajudou o governo a ter uma "arrecadação recorde" e que votou matérias que ajudam o Estado a controlar gastos.
"Portanto, a admoestação do ministro Haddad, por quem tenho respeito, é desnecessária, para não dizer injusta com o Congresso", afirmou Pacheco no texto.
Entre as reclamações de Haddad, estão as discussões a respeito da meta fiscal do governo federal, sobre as regras e os recursos destinados ao Programa Emergencial para Setores de Eventos (Perse) e desoneração da folha de pagamento de empresas.
O ministro da Fazenda ainda confessou que a manutenção da desoneração da folha de pagamento de municípios sequer foi discutida entre ele e o Congresso, antes da decisão de Pacheco de manter a validade.
Por outro lado, Pacheco, que chamou de "desnecessário" o ataque do governo, afirmou que o Congresso tem trabalhado em prol do país e de pautas que contribuam para o "desenvolvimento do Brasil".
"O progresso se assenta na geração de riquezas, tecnologia, crédito, oportunidades e empregos, e não na oneração do empresariado, da produção e da mão de obra", continuou.
Leia a íntegra da nota:
"NOTA À IMPRENSA
Uma coisa é ter responsabilidade fiscal, outra bem diferente é exigir do Parlamento adesão integral ao que pensa o Executivo sobre o desenvolvimento do Brasil. Até porque o progresso se assenta na geração de riquezas, tecnologia, crédito, oportunidades e empregos, e não na oneração do empresariado, da produção e da mão de obra. Sob o prisma da despesa, não nos esqueçamos que teto de gastos, reforma da Previdência e modernização de marcos legislativos, como o do saneamento básico, são obras do Congresso. Sem contar a pauta de 2023 que cumprimos em favor de uma arrecadação recorde do estado brasileiro. Portanto, a admoestação do ministro Haddad, por quem tenho respeito, é desnecessária, para não dizer injusta com o Congresso".