G1 - PolÃtica
Diante da crise dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), com disputa de grupos pelo poder e um conflito entre a agência e a Polícia Federal, servidores da entidade vão tentar convencer o presidente Lula a designar apenas funcionários de carreira para as diretorias. A sugestão é que apenas o diretor-geral poderia ser alguém fora da carreira. Os demais diretores teriam de ser do corpo técnico.A ideia, porém, tem resistência dentro do Palácio do Planalto, que avalia ser necessário ter um controle político de um órgão tão estratégico para o funcionamento do governo, desde que funcione bem. Já os servidores dizem que é preciso exatamente evitar a politização da Abin, garantindo a profissionalização de um órgão que deve atual como um instrumento de Estado, e não de governo temporário.MonitoramentoPF investiga uso ilegal de sistema de rastreamento de celulares por agentes da Abin durante governo BolsonaroA Polícia Federal está investigando monitoramento realizados durante o governo Bolsonaro por agentes da Abin, que teriam tido como alvos ministros do STF, políticos, advogados e jornalistas. A Abin usou nestes monitoramentos um equipamento israelense chamado FirstMile.Segundo as investigações, foram realizados no governo Bolsonaro mais de 30.000 monitoramentos, mas a maioria foi apagada já durante o governo Lula. A suspeita é que agentes envolvidos nos monitoramentos fizeram esse serviço de eliminar provas nos sistemas da Abin. Há uma guerra de versões. A atual direção acusa o governo Bolsonaro. E a equipe do ex-presidente diz que mandou investigar o caso na época.