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G1 - Política

Sequestrador de ônibus estava 'muito agitado e não queria contato durante negociação', diz comandante do Bope

Tenente-coronel Uirá do Nascimento Ferreira detalhou o trabalho dos negociadores com o homem que fez 16 pessoas reféns na Rodoviária do Rio.


Tenente-coronel Uirá do Nascimento Ferreira detalhou o trabalho dos negociadores com o homem que fez 16 pessoas reféns na Rodoviária do Rio. "O negociador foi o ponto chave", disse. Comandante do Bope fala sobre negociação com sequestrador

O homem que sequestrou um ônibus na Rodoviária do Rio na terça-feira (12) e fez 16 pessoas reféns por três horas estava muito agitado e não queria contato. Os negociadores, contudo, conseguiram traçar rapidamente o perfil de Paulo Sérgio de Lima e convencer o criminoso a se entregar sem ferir mais ninguém, afirma o comandante do Bope, tenente-coronel Uirá do Nascimento Ferreira.

"O policial negociador teve perspicácia, seriedade, calma e conseguiu controlar o ambiente. Conseguiu se conectar com esse criminoso, estabelecer um contato, que estava muito difícil, e o convenceu de que a melhor maneira era se entregar", explicou em entrevista ao Estúdio i, da GloboNews.

Paulo estava armado e chegou a disparar, atingindo o funcionário da Petrobras Bruno Lima da Costa, de 34 anos, no tórax e no abdômen. O estado de saúde de Bruno era grave na manhã desta quarta-feira (13).

O comandante conta que o receio era de que o sequestrador tivesse sob efeito de drogas, estaria perturbado ou se o caso era passional. Uma psicóloga participou da ação e conseguiu traçar um perfil de Paulo para ajudar no trabalho dos negociadores. "Quanto mais tempo leva a ocorrência, melhor é para o negociador, que consegue ganhar tempo e diminuir a tensão. [Nesse caso], o negociador foi o ponto chave".

O comandante Uirá explica que, durante o sequestro, uma equipe de reserva do Bope estava treinando, no que ele chamou de "ensaio frio", em um ônibus com as mesmas características do veículo que estava com o sequestrador. A intenção era conhecer como era o ônibus, onde eram as entradas e saídas e quais seriam os melhores locais para eles poderem agir. "Uma equipe tratava da crise e outra fazia o treinamento frio dentro da rodoviária", disse.

Como foi o sequestro

Dezesseis passageiros foram feitos reféns por três horas em um ônibus na Rodoviária do Rio, na terça-feira (12). O criminoso fez disparos, e duas pessoas ficaram feridas, uma delas em estado grave. O Bope, a tropa de elite da Polícia Militar, foi acionado para negociar a rendição. Paulo Sérgio de Lima, de 29 anos, acabou se entregando e foi preso.

O g1 apurou que Paulo Sérgio tem passagens por roubo e foi beneficiado pela progressão de regime, passando para o semiaberto em 17 de março de 2022, ou seja, há quase dois anos.

Segundo a polícia, duas pessoas foram baleadas. Uma das vítimas levou três tiros e foi encaminhada para o hospital. O homem, identificado como Bruno Lima de Costa Soares, de 34 anos, foi atingido no tórax e no abdômen.

A segunda vítima foi ferida com estilhaços e atendida inicialmente no posto médico da própria rodoviária. Ela não havia sido identificada até a última atualização desta reportagem.

Durante a negociação, Paulo Sérgio chegou a dar dois tiros na direção dos policiais que faziam o cerco ao coletivo. Nenhum agente se feriu.

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