G1 - PolÃtica
Filhos do presidente da República teriam sido beneficiados pela estrutura da Agência Brasileira de Inteligência, que ficava sob o guarda-chuva do GSI, então chefiado pelo general Augusto Heleno. A Polícia Federal suspeita que a Agência Brasileira de Informações (Abin) foi usada para entregar informações sobre adversários políticos para filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).Segundo uma fonte da corporação ouvida pelo blog, a agência teria produzido provas para favorecer o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Jair Renan, filho mais novo do presidente, em investigações das quais eles eram alvos.Durante o governo Bolsonaro (PL), a Abin foi chefiada pelo hoje deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), um amigo da família do ex-presidente que é suspeito de usar a agência para espionar adversários políticos. Nesta quinta-feira (25), a PF faz buscas contra Ramagem. Na mesma época, o Ministério Público do Rio de Janeiro investigava Flávio Bolsonaro – filho mais velho do presidente – por suspeita de desviar dinheiro de funcionários de seu gabinete na Assembleia Legislativa no Rio de Janeiro quando era deputado estadual, entre 2003 e 2018. Em 2020, o MP denunciou Flávio à Justiça como chefe de uma organização criminosa que desviou R$ 6 milhões (em valores da época). Ele sempre negou as acusações e, 2021, obteve no Superior Tribunal de Justiça (STJ) a anulação de todas as decisões do juiz do caso. No fim daquele ano, a Revista Época revelou documentos que indicavam que a Abin havia sido usada para proteger Flávio no caso. Segundo a "Época", nesses documentos a Abin especifica a finalidade de "defender FB [Flávio Bolsonaro] no caso Alerj [Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro]"; sugere a substituição dos "postos", em referência a servidores da Receita Federal; e traça uma "manobra tripla" para tentar conseguir os documentos buscados pela defesa do filho de Bolsonaro.Este post está em atualização.