G1 - PolÃtica
Negociadores fizeram dois dias de encontros presenciais, no Palácio Itamaraty, em Brasília. Conferências devem se intensificar ao longo do mês de outubro. As reuniões presenciais entre negociadores do Mercosul e da União Europeia, que aconteceram terça (3) e quarta-feira (4) no Palácio Itamaraty, em Brasília, representaram avanços nas tratativas para selar um acordo comercial entre os dois blocos. A avaliação, segundo o Ministério das Relações Exteriores, é de que os encontros foram muito positivos.As conversas em nível técnico entram, agora, na reta final, com um ritmo mais acelerado de videoconferências. São esperados encontros virtuais pelo menos uma vez por semana, com a discussão voltada para dois pontos: meio ambiente e compras governamentais. O Mercosul reafirmou aos europeus compromissos já assumidos, sobretudo a respeito do desenvolvimento sustentável e de comércio. Lula quer fechar acordo entre Mercosul e União Europeia ainda este anoO Brasil, que ocupa a presidência temporária do Mercosul, deixou claro, junto aos demais parceiros do bloco, que uma postura de confrontação por parte dos europeus é dispensável e rejeitada. Sobre Compras Governamentais, o governo brasileiro também manifestou, na resposta ao Protocolo Adicional enviado pelos europeus no mês de abril, o receio com o tópico. A União Europeia defende que empresas de membros dos dois blocos possam participar sob condição de igualdade de licitações governamentais em todos os países pertencentes ao acordo.União Europeia: acordo com Mercosul pode vir no fim do anoApesar de o tema ser considerado delicado, em nenhum dos dois encontros presenciais desta semana houve veto por parte dos técnicos europeus, na negociação.Após a parte técnica ser finalizada, será a vez da validação política. No fim de outubro, uma nova reunião presencial servirá para avaliar os avanços feitos e entender se será possível concluir o acordo no mês de novembro. Diversos líderes, tanto do bloco europeu quanto do sul-americano, como o presidente Lula, já manifestaram interesse em avançar pela conclusão do acordo comercial, negociado desde 1999.