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Preocupado com 'bola de neve', governo vai defender no STF a derrubada de trechos da PEC dos Precatórios

O governo federal decidiu, nesta segunda-feira (25), defender no Supremo Tribunal Federal (STF) a derrubada de trechos da chamada "PEC dos Precatórios".

Por André Miranda

25/09/2023 às 21:00:25 - Atualizado há
O governo federal decidiu, nesta segunda-feira (25), defender no Supremo Tribunal Federal (STF) a derrubada de trechos da chamada "PEC dos Precatórios". A decisão foi tomada pelo Ministério da Fazenda, que encaminhou parecer à Advocacia-Geral da União (AGU).

A pasta pediu que o STF julgue os principais dispositivos da medida como inconstitucionais e determine o pagamento imediato de todas as dívidas já expedidas.

O governo quer separar o principal –ou seja, o valor da dívida-- como despesa primária. Já os juros sobre o valor principal deveriam ser classificados como despesa financeira.

O pagamento dos estoques seria viabilizado com a abertura de crédito extraordinário --aberto por medida provisória para despesas imprevistas e urgentes.

"A solução proposta visa sanar o problema e não dará abertura de ampliação de espaço fiscal de qualquer espécie", afirmou o Ministério da Fazenda em nota.

Dessa forma, a pasta conseguiria cumprir a meta de resultado primário para 2024. No próximo ano, o governo pretende apresentar déficit zero –quando as despesas são iguais às receitas e não há gasto adicional.

Aprovada no final de 2021, o "PEC dos Pecatórios" é uma emenda constitucional que limitou a um teto o pagamento de precatórios --despesas judiciais das quais o governo não pode mais recorrer.

O texto fixou, até 2026, um limite para o pagamento de precatórios federais. Só que os valores represados devem acumular para ser pagos em 2027. Segundo o governo, o valor pode chegar a R$ 250 bilhões.
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