A equipe econômica do governo Luiz Inácio Lula da Silva pode lançar, após as eleições, um pacote de medidas estruturais para cortar gastos públicos. A reforma da tributação da renda, já em elaboração, pode ficar para 2025.
As sinalizações, feitas pelo ministro Fernando Haddad nesta segunda-feira (14), levaram a uma queda no valor do dólar e geraram otimismo no mercado. Haddad seguiu na linha de mostrar que vai continuar perseguindo o cumprimento da meta fiscal.
Entre as medidas em estudo pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento, o governo pode propor mudanças em regras de benefícios como abono salarial, BPC (Benefício de Prestação Continuada) e seguro-desemprego para corrigir falhas e distorções nestes programas.
Dados do governo indicam um aumento nos gastos com esses benefícios, em um momento no qual a economia está crescendo.
Além disso, Haddad, indicou que a reforma do Imposto de Renda pode ficar para o próximo ano. O texto, de viés mais populista, diminui a arrecadação de impostos e – se não for devidamente compensado – pode ampliar o buraco nas contas públicas.
Recentes falas do presidente Lula de que iria garantir a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, cumprindo uma promessa de campanha, levantaram dúvidas sobre como o governo iria bancar a medida.
Galípolo também deu sinal positivo
Outro fator que pesou positivamente ontem foi a primeira fala do futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, depois de ser aprovado pelo Senado.
Ele reforçou que o Banco Central sob sua gestão vai seguir perseguindo o cumprimento da meta de inflação, tomando todas as medidas necessárias para garantir esse objetivo.