Presidente do partido que mais elegeu prefeitos no Brasil no 1º turno faz avaliação sobre resultado e diz que eleitor descolou da lógica de 2022. O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, durante cerimônia na Alesp em 1 de janeiro de 2023.
Divulgação/Alesp
Fundador do partido que nasceu dizendo não ser nem de direita, nem de centro e nem de esquerda, Gilberto Kassab levou neste 2024 o seu PSD ao posto de sigla que mais elegeu prefeitos no país. Numa avaliação ao blog, Kassab enumera vitórias de legendas que ele define como eminentemente de centro, não vinculadas a extremos da política.
"O centro venceu. A polarização, não", disse. O presidente do PSD exalta resultados obtidos também pelo MDB, que está logo abaixo de seu partido, com mais de 800 prefeitos eleitos, e do União Brasil, que ressurgiu como uma das quatro siglas a comandar o maior número de cidades neste primeiro turno.
"O centro está maior do que a direita, inclusive. E os personagens que saíram maiores, por exemplo, o Tarcísio de Freitas (governador de São Paulo), são personagens que ampliam, não que cerram fileiras."
Kassab vê, claro, Ricardo Nunes (MDB) como favorito na eleição mais disputada da história de São Paulo. Seu partido apoia a reeleição do prefeito. Mas, habilidoso, também não espizinha os resultados do presidente Lula nesta eleição.
Lula, propositadamente, se ausentou do debate municipal. Sua presença mais incisiva foi na campanha de Guilherme Boulos (PSOL), em São Paulo, ainda assim vista como mínima.
Para Kassab, Lula fez um cálculo político para não melindrar siglas que estão no meio da polarização, como o próprio PSD. E ele avisa: "Não confunda. O Lula não é o PT".
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