Economia

Junto dos presidentes da Fiesp e do Ciesp, Alckmin anuncia nova fase do programa Brasil Mais Produtivo

Olhar sensível do Governo Federal para a indústria é elogiado pelo presidente do Ciesp, Rafael Cervone.

Por Redação

26/09/2024 às 11:51:54 - Atualizado há
Imagem Ilustrativa. Foto: Getty Images

O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, realizou na manhã desta segunda (23), em São Paulo, o lançamento oficial da terceira etapa do Programa "Brasil Mais Produtivo", que envolve um pacote de medidas e investimentos para fomentar a transformação digital e para fazer com que micro, pequenas e médias empresas se tornem "fábricas inteligentes". O evento de lançamento ocorreu na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), na capital paulista, e contou, respectivamente, com a presença dos presidentes das duas entidades, Josué Gomes e Rafael Cervone, além de outras autoridades e lideranças do setor industrial.

O programa foi lançado em janeiro deste ano e tem a meta de digitalizar 93 mil empresas até o ano de 2027 e alcançar, por meio de sua plataforma, cerca de 200 mil. O "Brasil mais Produtivo" envolve o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), sob o comando do próprio Alckmin, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), a Embrapi (Empresas Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), a ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial).
Segundo Alckmin estão sendo investidos R$ 2 bilhões no programa. "Nós precisamos recuperar o mercado regional. É fundamental agregar valor. Não tem renda alta sem indústria e tecnologia", disse o presidente em exercício.

Rafael Cervone comentou, logo após o evento, considerar o anúncio "importante" para o setor industrial. Ele avalia que as medidas funcionam como uma espécie de espelho do que já acontece hoje com o setor do agro, para o qual o Governo Federal oferece uma política de longo prazo e com previsibilidade jurídica.

Cervone lembrou ainda que o Senai-SP tem desenvolvido desde junho de 2022 o Programa Jornada de Transformação Digital, que já tem mais de 20 mil empresas inscritas, e que traz em média um aumento na produtividade em torno de 40% e aumento de 15% na eficiência energética.

"Com a adoção dessa política de transformação digital nacionalmente, acho que o Brasil só tem a ganhar. Hoje o foco foi dado à micro, pequena e média empresa, que é de fato, quem alavanca o Brasil e gera empregos", afirmou Cervone.

A Finep e o Senai Nacional assinaram um convênio durante o evento, bem como o Sebrae e a ABDI.


Depreciação Acelerada
O presidente da República em exercício também destacou durante o evento, o andamento do Programa de Depreciação Acelerada do Governo Federal, que atendeu a um pleito das entidades representativas da indústria paulista.

Desde o último dia 13, empresas brasileiras de 23 setores podem aderir ao programa que acelera para o período de 2 anos a redução da tributação aos empresários que adquirirem bens de capital, como máquinas, equipamentos, aparelhos e outros instrumentos novos.

Pelo programa, a empresa que adquirir um bem de capital poderá abater seu valor nas futuras declarações de Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e sobre a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL). A meta é modernizar o parque industrial.

"São medidas importantes e que mostram a sensibilidade desse governo para a indústria. É pouco ainda, ele mesmo [Geraldo Alckmin] admitiu isso, mas é um passo relevante em direção ao caminho certo", disse Cervone.

Segundo Alckmin, estudos mostraram que o crescimento menor, especialmente no setor industrial, está ligado ao Custo Brasil (custos de mão de obra, infraestrutura, inflação, burocracia, etc), à baixa produtividade e ao baixo investimento.

O presidente em exercício também está otimista em relação à Reforma Tributária, que ainda tramita no Congresso Nacional. "Os estudos do Ipea mostram que em 15 anos, o PIB pode crescer 12% a mais, depois que a Reforma Tributária estiver implantada", disse Alckmin.

Fonte: CIESP.
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