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Eleições 2024 em Belém: quais as propostas dos candidatos para destinação do lixo

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Por André Miranda

17/09/2024 às 06:21:00 - Atualizado há
Série de reportagens do g1 Pará mostra propostas dos candidatos para resolver problemas da cidade, como: lixo, mobilidade e preparação para a COP-30. Lixo acumulado na rua é queimado pela população em Belém.

Lucas Trevisan / TV Liberal

Começam, nesta terça-feira (16), as entrevistas com os candidatos à Prefeitura de Belém no Jornal Liberal 1ª Edição, da TV Liberal.

Para auxiliar você, eleitor, a entender um pouco mais sobre as propostas dos candidatos e poder acompanhar as entrevistas, o g1 Pará publica uma série de reportagens com propostas dos candidatos para resolver problemas da cidade, como:

A destinação dos resíduos sólidos, com encerramento do aterro de Marituba;

A melhoria do transporte público, incluindo rodoviário, hidroviário e transportes alternativos, como a bicicleta;

A preparação de Belém para receber a Conferência das Partes (COP-30) em 2025

Nesta reportagem, você acompanha o que cada candidato pensa para melhorar e resolver a questão do lixo.

Criado em 2015, o aterro de Marituba, na região metropolitana, é que recebe toneladas diárias de resíduos de Belém, após a desativação do lixão do Aurá, em Ananindeua.

No entanto, o aterro teve falhas que afetaram a população e segue acompanhado por imbróglio na Justiça para o seu encerramento, já que as três cidades não teriam mais para onde destinar os resíduos.

Veja, a seguir, o que candidato (em ordem alfabética) pensa sobre o assunto:

Delegado Éder Mauro (PL)

Delegado Eguchi (PRTB)

Edmilson Rodrigues (PSOL)

Igor Normando (MDB)

Ítalo Abati (Novo)

Jefferson Lima (Podemos)

Raquel Brício (UP)

Thiago Araújo (Republicanos)

Well Macêdo (PSTU)

Eder Mauro (PL)

O candidato não participou.

Delegado Eguchi (PRTB)

"Na minha gestão lixo será transformado em emprego e renda. Nós vamos fortalecer as cooperativas de catadores criando depósitos em cada distrito de Belém para recolher esse lixo reciclado.

Nós vamos também dar uma finalidade para o caroço de açaí, que tem o poder energético maior do que da lenha, e vamos abastecer todos aqueles que precisam de lenha para trabalhar como padarias, empresas que usam caldeira, empresas de Barcarena.

Nós vamos também utilizar o lixo biológico em compostagem, ou seja vai se transformar em adubo, e no final o que sobrar de toda essa reciclagem, que é por volta de 10%, será transformada em cinzas, através da pirólise.

Com isso, vamos acabar de vez com aterro sanitário e acabar com grande problema da região metropolitana de Belém."

Edmilson Rodrigues (PSOL)

"Olha a proposta para um novo sistema de limpeza urbana está resolvida com o final da licitação e a constituição de uma nova empresa em sistema de parceria público-privada. Essa empresa é a Ciclus Ambiental e ela é responsável por todas as ações ligadas a esse novo sistema de limpeza.

A Ciclus passa a depositar os resíduos em Marituba, conforme a decisão da justiça, e o processo de licenciamento do novo aterro é uma responsabilidade dela e quem licencia é a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, que fará uma análise técnica e licencia para que empresa em alguns poucos meses possa organizar o espaço para implantar um verdadeiro e moderno parque de tratamento de resíduos ou um aterro sanitário moderno."

Igor Normando (MDB)

"Essa é uma problemática que não atinge só cidade de Belém, mas fundamentalmente todos os municípios da região metropolitana.

Por isso nós vamos procurar desde o primeiro de janeiro todos os prefeitos eleitos da região metropolitana para que juntos nós possamos construir uma alternativa para esse problema que infelizmente se agrava a cada dia e que não pode esperar.

O que podem esperar de nós sem dúvida alguma é que tenhamos enfrentamento e que possamos fazer realmente as soluções que importam e precisam na cidade em relação ao aterro sanitário."

Italo Abati (Novo)

"No projeto capital a manutenção dos resíduos sólidos acaba tendo uma prioridade máxima. Aqui a gente tem um exercício de um protagonismo muito necessário para a gente ter emancipação social, dignificação e ressignificação da rotina e do cotidiano do belenense.

O que acontece muita gente cria um fetiche verdadeiro com coleta seletiva. O negócio é que pra ter coleta seletiva antes nós precisamos ter destinação dos resíduos sólidos e tratamento deles, é por isso que nós vamos criar ecopontos para nós conseguirmos ter esta triagem fora o desenvolvimento de centros de tratamento desse resíduos para que assim a gente possa destinar para coleta seletiva.

Uma nova mentalidade é necessária para instituir uma nova política e uma nova política só é literalmente nova quando nós pensamos em novos elementos para ressignificar a vida do cidadão de Belém."

Jefferson Lima (Podemos)

"Olha a questão do lixo é muito séria. Essa situação nós vamos ter que resolver primeiramente conversando com a Prefeitura de Ananindeua, de Marituba, para que os três municípios possam buscar uma solução para isso.

Eu penso numa usina de compostagem que pode ser ali no distrito do Outeiro ou no próprio Distrito Industrial de Ananindeua, afinal de contas não se pode mais jogar nem no lixão do Aurá e não vai poder jogar mais o lixo lá em Marituba.

Aliado a isso, vamos intensificar os ecopontos para fazer a coleta seletiva, educando a população também com relação à separação desse resíduo na própria casa. Vamos fazer campanhas educativas valorizando a figura do catador que será associação dos catadores de recicláveis e fazendo parceria com as empresas para que esse material possa ser reciclado, vendido e todo mundo ganhar dinheiro.

E obviamente que o futuro é bem aqui próximo, vamos reduzir tudo isso para que possamos ter a solução para nossa cidade com resíduos sólidos em Belém."

Raquel Brício (UP)

"A questão dos resíduos sólidos em Belém é mais uma comprovação do quanto é perigoso deixar um direito tão importante à população na mão de uma empresa privada.

A Guamá Ambiental ganhou rios de dinheiro público para garantir um aterro sanitário e no final só se tratava de um lixão, cometendo diversas crimes ambientais, causando transtornos e doenças da população de Marituba.

Nós de Belém lembramos muito bem de como foi aquela época em que a rua estava cheia de lixo, porque não podia mais receber o lixo lá em Marituba.

É um absurdo essa situação e nós vamos resolver alinhando conhecimento científico com o investimento estatal, investimento público, fazendo parceria com as universidades, buscando outras prefeituras da região para garantir com que a coleta de todo o processo de residência, desde a coleta até o tratamento, seja feito de forma adequada, incluindo catadores e as associações de catadores de material reciclável."

Thiago Araújo (Republicanos)

"O aterro de Marituba é o único que tem licenciamento ambiental e a gente vai desde o primeiro dia do governo discutir com o Governo do Estado do Pará, com o judiciário, a prorrogação da utilização dele por um período curto. Paralelo a tudo isso, vamos estar discutindo o licenciamento ambiental de um novo aterro para fazer a destinação dos resíduos sólidos da cidade.

O que não vai acontecer é Belém retroceder e voltar para o Aurá. Isso a gente não vai deixar. E uma coisa a gente vai fazer desde o dia primeiro de janeiro é limpar a cidade e fazer com que acabe esta crise do lixo e a gente tenha uma cidade limpa e de qualidade pra nossa população."

Well Macêdo (PSTU)

"Sobre o problema histórico do lixo, para onde vai os resíduos sólidos, nós do PSTU temos como proposta primeiro mudar essa lógica consumista capitalista que acha que tudo é lixo e tudo tem que ser descartado.

Nós queremos incentivar o trabalho das cooperativas, dos coletores, dos recicladores. Nós defendemos educação ambiental nas escolas municipais desde a criança para inclusive mudar essa cultura de jogar lixo na rua.

Mas a responsabilidade da Prefeitura, além de incentivar as cooperativas de coletores, além de me incentivar uma grande campanha ambiental, incentivar a educação ambiental, é também discutir com a sociedade, com os trabalhadores e com o povo pobre das periferias como a gente transforma aquele lixo que pode ser reciclado em fertilizantes naturais, em biocombustíveis, em energia que a população, os trabalhadores, o povo pobre possa consumir de uma maneira barata, sem agressão ao meio ambiente."
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