Presidente da CCJ, Alcolumbre marca sabatina de Dino e Gonet no Senado para o mesmo dia
Interlocutores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dizem que, em seu giro internacional, ele não dá nenhum sinal de quem será o substituto do ministro da Justiça, Flávio Dino, indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Mas já confidenciou que gostaria de indicar para o posto uma mulher.
Em seus 201 anos de existência, o Ministério da Justiça nunca foi comandado por uma mulher. Dino também defendeu a ideia de ter uma sucessora.
Lula, porém, tem deixado claro que ainda não tomou nenhuma decisão. Assessores admitem que o chefe pode deixar a troca na Justiça para janeiro do ano que vem, dentro de uma mexida maior em sua equipe ministerial.
Entre as mulheres, a favorita para entrar no lugar de Flávio Dino é a ministra do Planejamento, Simone Tebet, integrante do MDB. Ela já avisou que não foi sondada pelo presidente a respeito. Outra cotada é a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, mas aí Lula ficaria desfalcado no comando de seu partido.
Por enquanto, Lula não parece inclinado a dividir a pasta da Justiça, criando o Ministério da Justiça. Ele avalia que, apesar de a proposta ter sentido, representaria o mesmo que o governo federal assumir a responsabilidade pela área da segurança pública em todo o país. Algo que poderia trazer desgaste para o presidente da República.
Mas como Lula já chegou a considerar a ideia, defensores da proposta vão insistir na divisão da pasta.
Neste caso, a Justiça poderia ficar com o PT, tendo como cotados o ex-ministro do STF Ricardo Lewandowski, o advogado Marco Aurélio de Carvalho e os ministros Jorge Messias (AGU) e Vinícius Marques (CGU). E um futuro Ministério da Segurança poderia ficar com o atual secretário-executivo da Justiça, Ricardo Cappelli.