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Lula não deve mais dar confiança a Maduro e precisa elevar tom, avaliam assessores do Planalto

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Por André Miranda

09/09/2024 às 09:45:21 - Atualizado há
Bandeira do Brasil hasteada na Embaixada da Argentina na Venezuela

HENRY CHIRINOS/EPA-EFE/REX/Shutterstock

Após as cenas do último fim semana envolvendo um "cerco" à embaixada da Argentina em Caracas, sob custódia do Brasil, assessores de Luiz Inácio Lula da Silva passaram a defender que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, não merece mais a cortesia do governo brasileiro.

Esses assessores defendem que Lula não dê nenhum "tipo de confiança" a Maduro – e que o governo brasileiro eleve o tom em relação ao autocrata do país vizinho.

Segundo auxiliares ouvidos pelo blog, o Itamaraty respondeu rapidamente e agiu de forma firme para evitar o pior: a invasão da embaixada por forças venezuelanas.

???? No fim de semana, militares da Venezuela cercaram a Embaixada da Argentina no país – hoje sob responsabilidade brasileira –, cortaram a energia do prédio e fizeram movimentos de invasão.

????? O Itamaraty reagiu, lembrando que a retirada da custódia brasileira sobre a embaixada argentina não pode ser unilateral e o Brasil só deixaria o local depois de outro país assumir o posto.

O cerco diminuiu no domingo (8), depois que Edmundo González Urrutia deixou a Venezuela e foi recebido como asilado político pela Espanha.

De Madri, González, que disputou a eleição com Nicolás Maduro, afirmou que a luta pela democracia na Venezuela vai continuar. Sua aliada, Maria Corina Machado, disse ainda que ele vai tomar posse em janeiro, por considerá-lo o autêntico vencedor.

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Segundo eles, os diplomatas brasileiros chefiados pelo ministro Mauro Vieira agiram rapidamente, sinalizando que não iriam aceitar uma invasão da embaixada da Argentina, um território, pelas leis internacionais, inviolável.

A equipe de Mauro Vieira foi informada de que havia risco de invasão de fato, mas a reação foi no "tom e no timing certo" para evitar o pior. Dentro da embaixada, estão seis assessores de Maria Corina Machado, que o governo de Maduro quer prender.
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