Segundo relato de participantes das diversas reuniões, em momento algum o presidente cogitou manter Silvio Almeida no governo. Silvio Almeida, Lula e Anielle Franco.
Edilson Rodrigues/Agência Senado, Marcelo Brandt/g1 e GloboNews/Reprodução
A reunião do presidente Lula (PT) com a ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial, teve só mulheres presentes. Além de Anielle, participaram as ministras Ester Dweck (Gestão e Inovação) e Cida Gonçalves (Mulheres) e a deputada federal Gleisi Hoffmann, presidente do PT.
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Presidente Lula já havia tomado a decisão de demitir Silvio Almeida, agora ex-ministro dos Direitos Humanos, e em momento algum, segundo relato de participantes das diversas reuniões de sexta-feira (6), cogitou manter Silvio Almeida no governo. Foi dada a possibilidade de ele pedir demissão – mas jamais seria mantido no cargo.
No relato de diferentes ministros ouvidos pelo blog, o presidente Lula quis deixar claro que não era apenas por Anielle Franco – mas por todas as mulheres que fizeram denúncias. ''Acho que ele quis deixar isso claro'', diz uma fonte do Palácio do Planalto.
Na conversa com Anielle, Lula deixou claro também que estava demitindo Silvio por causa de todas as denúncias que estavam aparecendo e que não precisava do relato dela para confirmar sua decisão. Anielle disse que gostaria de contar, e relatou a importunação do colega.
Lula e as presentes ouviram, com atenção, tristeza e solidariedade, nas palavras de uma fonte que participou do encontro. ''Uma tragédia, um horror'', disse ao blog uma fonte que participou do encontro. "Presidente ouviu com escuta, respeita e afeto", complementa outra participante.
A ministra Esther, presente, ficará interinamente no cargo – mas o PT já busca um outro quadro para ocupar a vaga.
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