Ministro da Fazenda foi questionado sobre ao que atribuía a queda da moeda norte-americana nesta quarta, depois de altas sucessivas. Ministro já havia dito que governo precisa comunicar melhor suas conquistas na área econômica. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, questionado nesta quarta-feira (3) sobre a queda do dólar na cotação do dia, respondeu somente: "Comunicação bem-feita melhora tudo".
Depois de dias de dispara para cima, o dólar cedeu nesta terça. Caiu 2% e fechou o dia cotado a R$ 5,56. Mas, nos últimos dias, tinha chegado a R$ 5,66, maior valor em dois anos e meio.
Analistas vinham alertando que a alta do dólar estava em grande parte ligada a um contexto político interno, em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dirigiu sucessivas críticas à politica de juros do Banco Central e ao mercado financeiro.
O mercado vê nessas críticas um risco de interferência política na economia, o que afasta investidores e torna o real mais frágil.
A queda desta quarta é atribuída a sinais mais positivos de controle da inflação nos Estados Unidos animaram os mercados.
Outro fator é que os investidores viram em reuniões de Lula com Haddad e a equipe econômica nesta quarta uma sinalização de que a alta do dólar e o controle de gastos por parte do governo vão receber uma atenção do presidente. Um dos temores do mercado é que Lula gaste além das receitas do governo.
Lula afirmou nesta tarde que "responsabilidade fiscal é compromisso" e que o governo "não joga dinheiro fora".
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Comunicação e 'ruídos'
Haddad já havia dito no início da semana que a alta do dólar era fruto de "muitos ruídos".
Mas ele não mencionou as falas de Lula. Na visão do ministro, o governo precisa comunicar melhor suas conquistas na área econômica.
"Atribuo a muitos ruídos. Já falei isso no conselho, Conselhão [Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável], falei disso. Precisa comunicar melhor os resultados econômicos que o país está atingindo, por exemplo, tive hoje mais uma confirmação sobre atividade econômica e arrecadação de junho. Fechou hoje, mês de junho ficou acima do previsto pela Receita Federal. Ou seja, nós estamos no sexto mês de boas notícias na atividade econômica e na arrecadação", disse o ministro na ocasião.