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Lula se queixa de greve das federais, diz que não tem medo de reitores: 'Este dedo, não foram eles que morderam'

'Esse dedo eu perdi numa fábrica', continuou Lula, em referência ao dado decepado na época em que era metalúrgico.

Por André Miranda

21/06/2024 às 18:58:10 - Atualizado há
Foto: G1 - Globo
'Esse dedo eu perdi numa fábrica', continuou Lula, em referência ao dado decepado na época em que era metalúrgico. Algumas universidades federais suspenderam a greve, mas maioria continua em paralisação. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se queixou nesta sexta-feira (21), em discursos públicos e entrevistas, da greve das universidades federais. Em evento em São Luis, sobre anúncio de investimentos no Maranhão, ele disse que não tem medo dos reitores.

Mostrando a região do dedo que foi decepado em um acidente de trabalho, quando Lula era metalúrgico, o presidente disse: "Este dedo, não foram eles que morderam", em referência aos reitores.

"Vocês estão lembrados de um presidente que nunca recebeu um reitor na vida dele, nunca recebeu um reitor? Eu, em apenas 1 ano e 7 meses, já convidei 2 reuniões com todos os reitores do Brasil, das universidades e dos institutos federais, porque eu não tenho medo de reitor, e esse dedo que falta não foram eles que morderam. Esse dedo eu perdi numa fábrica e, portanto, quero ter uma relação a mais democrática possível", afirmou o presidente.

Mais cedo, em entrevista à Rádio Mirante, o presidente afirmou que os servidores ganharam reajuste no ano passado e "nem agradeceram".

"As universidades sabem que demos 9% [de reajuste] no primeiro ano, sem eles pedirem. Aí o pessoal queria 4,5 %. Já ganharam em 2023, nem me agradeceram, e já estão querendo. Vamos resolver do jeito que for possível, temos que melhorar a vida das pessoas", afirmou o presidente.

No início do mês, professores e servidores de cerca de 53 universidades e institutos federais estavam em greve. A paralisação começou em abril. Eles pedem melhorias no plano de carreira e reajuste de salário. Nos últimos dias, algumas federais voltaram a funcionar, mas a maioria continua de greve.
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