Nesta sexta, presidente se reuniu com o Papa e com os líderes de França, Índia e da Comissão Europeia. Lula foi à Itália participar de cúpula do G7. Lula discursa no segundo dia da Cúpula do G7, na Itália
Antes do retorno ao Brasil neste sábado (15), o presidente Lula ainda cumpre agendas de reunião com autoridades europeias na Itália, onde participou da cúpula do G7. Lula tem encontro marcado com Olaf Scholz, chanceler da Alemanha. Além de Scholz, o petista se reúne também com a presidente do conselhos de ministros da Itália, Giorgia Meloni.
Lula e Janja embarcam para o Brasil no início da tarde deste sábado. A previsão de chegada em Brasília é para madrugada de sábado para domingo (14).
O presidente Lula visitou a Alemanha em dezembro do ano passado. Na ocasião, jantou com o chanceler alemão, Olaf Scholz.
Em janeiro de 2023, Scholz, esteve em Brasília e afirmou que o Brasil era um país de paz, e por isso não tinha vendido munição para o Ucrânia, como a Alemanha havia solicitado ao governo brasileiro.
Em junho, do mesmo ano, a ministra de Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, esteve em São Paulo e disse que guerra na Ucrânia é percebida de forma diferente na América Latina, mas que mesmo assim era importante "nomear o agressor", se referindo à Rússia.
Com relação à reforma no Conselho de Segurança da ONU, defendida por Lula, a ministra declarou apoio ao presidente brasileiro, e afirmou que o conselho deveria contemplar a América Latina e a África.
Giorgia Meloni, com quem Lula também se encontra, esteve em Kiev em fevereiro, junto com outros líderes europeus. A visita foi feita em solidariedade ao aniversário de dois anos da guerra contra a Rússia. A Itália, junto com outros países do G7, apoia a Ucrânia nas investidas contra a Rússia.
Os desafios de Lula no retorno ao Brasil
O presidente Lula retorna ao Brasil depois de uma semana marcada por derrotas do governo no Congresso Nacional e em outros campos políticos.
Na terça-feira (11), o leilão para compra de arroz importado foi anulado, e o Congresso Nacional devolveu parte da medida provisória que muda as regras de dedução do PIS/Cofins para compensar a perda deste ano com a desoneração da folha de pagamento de 17 setores.
Na quarta-feira, o governo federal sofreu desgastes com o indiciamento do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, pela Polícia Federal, por suspeita de corrupção e organização criminosa.
Da Europa, o presidente Lula afirmou que conversará com o ministro antes de tomar alguma decisão. O petista disse ainda que o ministro "tem direito de provar que é inocente".
O governo também viu projetos com os quais não concorda avançarem no Congresso Nacional.
Na Câmara, foi aprovada a urgência do projeto que equipara o abordo ao crime de homicídio.
Além disso, o presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL), tirou da gaveta um projeto que proíbe as delações premiadas de presos.
O projeto, apresentado por um parlamentar do PT na época da operação Lava Jato, agora poderia beneficiar integrantes do governo anterior, de Jair Bolsonaro, opositores de Lula.
Lula terá de lidar com essas questões políticas e também com um princípio de crise no Ministério da Fazenda. Nos últimos dias, o ministro Fernando Haddad viu seu capital político se desgastar, diante das dificuldades do governo de equilibrar as contas públicas.