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PF faz operação contra desvios nos fundos partidário e eleitoral nas eleições de 2022

Agentes saíram às ruas para cumprir sete mandados de prisão preventiva e 45 mandados de busca e apreensão em Goiás, São Paulo e DF.

Por André Miranda

12/06/2024 às 08:40:49 - Atualizado há
Foto: UOL Notícias
Agentes saíram às ruas para cumprir sete mandados de prisão preventiva e 45 mandados de busca e apreensão em Goiás, São Paulo e DF. Grupo criminoso teria desviado R$ 36 milhões que seriam destinados a partido que foi incorporado pelo Solidariedade. A Polícia Federal realiza na manhã desta quarta-feira (12) uma operação contra desvios de recursos, nas eleições de 2022, dos fundos partidário e eleitoral do partido PROS – que foi incorporado pelo Solidariedade em 2023.

Agentes estão nas ruas cumprindo sete mandados de prisão preventiva e 45 mandados de busca e apreensão em Goiás, São Paulo e no Distrito Federal.

Um dos alvos é Eurípedes Gomes Júnior, atual presidente nacional do Solidariedade. Também são alvos:

Cintia Lourenço da Silva, primeira tesoureira do Solidariedade. Ela foi presa

Alessandro, o Sandro do Pros, que foi candidato a deputado federal. Também foi preso.

Berinaldo da Ponte, ex-deputado distrital

Os alvos da operação são investigados pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, furto qualificado, apropriação indébita, falsidade ideológica eleitoral e apropriação de recursos destinados ao financiamento eleitoral.

As apurações começaram a partir da denúncia de um presidente partidário, que acusou um ex-dirigente de desviar cerca de R$ 36 milhões. Na operação desta quarta, os policiais tentam bloquear e indisponibilizar R$ 36 milhões e 33 imóveis.

Os mandados foram autorizados pela Justiça Eleitoral do Distrito Federal.

Candidaturas de laranjas

Investigadores da Polícia Federal identificaram indícios de que o grupo criminoso agiu com o objetivo de desviar e se apropriar de recursos dos fundos partidário e eleitoral por meio de candidaturas de laranjas em diferentes estados do país.

O grupo também é suspeito de superfaturar serviços contratados junto a consultorias jurídicas e também de desviar verbas destinadas à Fundação de Ordem Social, ligada ao PROS, que foi incorporado ao Solidariedade.

O grupo teria lavado dinheiro desviado a partir da criação de empresas de fachada, compra de imóveis por intermediários e superfaturamento de serviços prestados aos laranjas e ao próprio partido.
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