Governador pretende debater ações para o estado, devastado pelas fortes chuvas e inundações. Leite viajou para a capital federal a convite da ministra Marina Silva, para participar de um evento sobre meio ambiente. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), tem compromissos em Brasília nesta quarta-feira (5) pela primeira vez desde o início da tragédia causada pelas fortes chuvas no estado. O governador viajou a convite da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, para um evento sobre natureza, uma pauta que Leite considera "mais que relevante".
Além disso, Leite vai se encontrar com o presidente do Senado Federal e do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e também pediu encontros com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Eduardo Leite desembarcou na capital federal na noite de terça-feira (4).
Eduardo Leite também pediu uma audiência com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho para tratar sobre soluções nas áreas de emprego e renda para os trabalhadores do Rio Grande do Sul.
A ideia do governador é que seja reeditada para o estado um benefício nos moldes aos do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (Bem), criado pelo governo federal durante a pandemia de Covid-19.
Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, do PSDB, diz que reconstrução de áreas atingidas pode levar até um ano
O programa autorizou as empresas a reduzirem, proporcionalmente, a jornada de trabalho e os salários dos empregados, além de suspenderem os contratos de trabalho temporariamente. Os trabalhadores que tiveram a jornada reduzida ou contrato suspenso receberam o auxílio emergencial do governo.
Segundo Eduardo Leite, o governo do Rio Grande do Sul vai apresentar ao Ministério do Trabalho a lista das empresas localizadas em áreas alagadas. Números apurados através de processo de georeferenciamento e apresentados pelo governador mostram que, de um total de 1.767.494 de CNPJs registrados na Junta Comercial do RS, incluindo MEIs, 115.900 estão em locais atingidos pelos alagamentos.
"Quando tiramos as empresas individuais, são 505.759 CNPJs registrados no total, sendo 35.719 em áreas que foram atingidas pelos alagamentos", afirmou o governador.
O ministro Luiz Marinho preferiu tratar sobre os temas durante visita ao Rio Grande do Sul na próxima quinta-feira (6). Marinho deve integrar comitiva do presidente Lula, que pretende visitar o estado no mesmo dia.
Reunião com Pacheco
Eduardo Leite vai se reunir com Pacheco para apresentar demandas do Rio Grande do Sul que podem ser colocadas em discussão no Legislativo federal.
Entre elas, a recomposição da receita do governo estadual. A projeção até agora é que o estado deixe de arrecadar pelo menos R$ 10 bilhões até o final do ano. Apenas nos meses de maio, junho e julho, o estado calcula uma perda de R$ 3,5 bilhões.
Ao mesmo tempo, as despesas do executivo estadual aumentaram no enfrentamento à tragédia e no apoio às famílias que foram atingidas pelas enchentes e alagamentos.
O governador também pediu audiência com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e com líderes parlamentares para apresentar os pedidos do estado.