Pedido para abertura de investigação contra a magistrada, que é alvo de outras representações, aguarda decisão Conselho Nacional de Justiça. A Justiça Federal no Paraná informou que Hardt não irá se manifestar sobre o assunto. Gabriela Hardt
Eduardo Matysiak/Futura Press/Estadão Conteúdo
O corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luís Felipe Salomão, deve dar andamento a reclamações disciplinares feitas contra a juíza federal Gabriela Hardt, substituta de Sergio Moro na 13ª Vara Federal de Curitiba, onde eram tomadas as decisões sobre a Operação Lava Jato na 1ª instância.
Hardt é alvo de um pedido de abertura de processo disciplinar por ter homologado o acordo que viabilizou a criação de uma fundação privada que seria abastecida com recursos do pagamento de multas da Petrobras em investigações da Lava Jato. A fundação teria integrantes da força-tarefa entre seus gestores. Toda a arquitetura do fundo foi visto como uma irregularidade por Salomão.
O processo, entretanto, está parado desde abril, quando o presidente do CNJ, Luís Roberto Barroso, pediu vista (mais tempo para analisar).
Segundo o blog apurou, Salomão é o relator de ao menos outras 5 reclamações contra Hardt, feitas por alvos da operação como Tony Garcia (ex-deputado estadual do Paraná), Sérgio Cabral (ex-governador do RJ) e Rodrigo Tacla Duran (ex-advogado de empreiteiras).
O corregedor tem analisado essas reclamações e, recentemente, enviou informações sobre uma delas ao ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), para eventual adoção de providências no âmbito criminal.
A Justiça Federal no Paraná informou que Hardt não irá se manifestar sobre o assunto.
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